quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

domingo, 11 de dezembro de 2011

TRINTA ANOS ESTA NOITE

A noite de 13 de dezembro de 1981 demorou a acabar. Começou cedo, ainda à tarde. O Liverpool era o melhor time europeu do fim dos anos 70, início dos 80. O nosso começava a fazer sua história, a história do melhor time de futebol de todos os tempos. Em verdade não houve aquela tarde. O dia já amanheceu noite. O dia todo foi um longo anticlímax. O fim do 1ª tempo, o placar exibindo os magníficos 3x0, foi o clímax antecipado. Em menos de 45 minutos o jogo havia acabado. O golpe fatal no 1ª round. Mas não a noite, que esta em verdade não acabou mais. As ruas estavam tomadas. De Botafogo ao Leblon era um mar rubronegro. Não era difícil imaginar a cidade toda, as cidades todas tomadas por este mar. O asfalto virado mar como numa profecia. Lembro que na manhã do dia seguinte - sim, houve o dia seguinte, e depois mais outros, o calendário continuava para os outros, não para nós, o mar, todo mar é eternidade - a ficha caiu e com ela a consciência de que time igual aquele é matéria de sonho, mas de sonho que se sonha acordado e se celebra na rua.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Os times do Rio terminam o campeonato, por pior que tenham sido, com uma base concreta. Nós, não. A única base que o time do Pofexô nos lega são os jogadores da base - que lá já estavam independentemente da ubiquidade representada pela figura do Pofexô. Felipe, a boa aposta do Pofexô, tem o contrato encerrado e está mais perto de estar longe do que de continuar. Leo Moura deve, assim espero, tomar um confortável lugar na barca que parte. Alex Silva, entre bons e maus momentos, mostrou-se o melhor zagueiro da companhia e fez a galera entender que repetir o feito magnífico de Fábio Luciano é uma raridade. Ronaldo Angelim deve pendurar, com muita festa, pompa e circunstância, as chuteiras. Junior César dá conta do recado com um feijãozinho com arroz meio insosso, mas é o que há por ali. Uma bóia deve ser oferecida a Rodrigo Alvim. Maldonado deve pegar um lugar confortável ao lado de Leo Moura. Aírton, depois do esculacho público do Pofexô, deve voltar à metrópole. Willians de indispensável passou a persona non grata antes de voltar a ser indispensável, sem que eu entedesse o porquê de todas as estações. Outro que está mais pra lá do que pra cá. Renato Abreu torço para que faça uso de um confortabilíssimo assento na barca. Fierro deve ser presenteado com outra bóia. Thiago custa demais para tanto suor e tão pouca produtividade. Que leve um adeus e um obrigado. R10 parece que sai. Deivid parece que fica. Da minha parte, fico de pé no cais com a caixa de lenço de papel à mão, torcendo para que o impossível aconteça: que o Pofexô seja o Noé desta barca e nela embarque.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

FIM DE FESTA

Foi revelador assistir ao fim do jogo de ontem. A comemoração do Pofexô em atingir sua meta: o 4º lugar numa competição de 12. O Pofexô deve achar que já ganhou tudo, agora seu objetivo é não perder. Não perder não significa ganhar e, num clube cuja meta é vencer! vencer! vencer!, o Pofexo & seu novo lema não fazem sentido algum. Foi também revelador assistir à comemoração dos vices: revelou-se, enfim, sua identidade. Vices assumidamente eternos. Reveladora, finalmente, a constatação do DNA campeão: Parabéns ao Imperador, ao Alessandro (eternizado no vídeo do gol antológico do Pet), ao Xeique, ao Liedson. O sangue rubronegro de campeão corre em suas veias. A cá, resta aguardar a necessária barca.

domingo, 4 de dezembro de 2011

DR. de BOLA

Um dos maiores meiocampos já formados na história do futebol: um dos dois maiores ídolos da história do Atlético Mineiro, o maior ídolo da história do Internacional, o maior ídola da história rubronegra e um dos dois maiores ídolos da história corinthiana. Resultado não é referência de qualidade, resultado é jogo. A qualidade deste meiocampo o alça à condição de vencedor. Feito li numa coluna do Fernando Calazans: se não foi campeão da Copa do Mundo, azar da Copa do Mundo.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

VALEU, SÃO JUDAS TADEU!

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

TIME SEM VERGONHA, TÉCNICO SEM VERGONHA, TORCIDA SEM RIVAL

40 mil pessoas presentes no Serra Dourada, das quais 70% Flamengo assistiram a outro jogo de merda. A velha história: o time adversário concentra forte marcação na meiúca e não vemos a cor da bola. A conjunção de imobilidade e lentidão nos faz tocar bola pro lado na altura da nossa intermediária até o providencial chutão pro adversário. Houve um momento em que o Muralha recebeu uma bola no círculo central, ainda no campo do Flamengo; atrás dele havia o Abreu, o Willians, o Léo e o Jr César. Muralha deu um toque, outro, e todos continuaram atrás dele. A linha da bola, pra esse time, é mais sólida do que o muro de Berlim foi. Mais grave: até os volantes do adversário, quando chegavam perto da nossa área, driblavam! Nós fomos incapazes de um único drible! R10 há 4 jogos não joga porra nenhuma. Ontem só não foi a pior figura em campo porque o Thiago se esforçou mais do que ele para alcançar a anti-glória. O time passeou em Goiânia. Ao entrar em campo envolvido num mar de crianças deve ter tido a idéia de que estava no zoológico levando a criançada pro passeio dominical. E quem paga a culpa maior é o Deivid. Tem de tirar alguém, sai o Deivid - que, no entanto, tem sido o jogador mais lúcido nos últimos jogos. Na coletiva, Vanderlei suava bicas. Certamente era o calor, de vergonha não periga ter sido.

domingo, 20 de novembro de 2011

P O F E X Ô

Vanderlei manja de futebol. Jogou muito pouco, mas entende muito do negócio. O problema todo foi este: entendeu futebl como um grande negócio. Ambicioso, se meteu em negócios demais. Cada vez o futebol era mais negócio de cifras e menos negócio de bola e campo. Foi um dos primeiros a usar as estatísticas para armar times e jogadas. Sua ambição o levou a flertar, ainda deve flertar, com o Congresso, quem sabe a ABL? Julga-se imortal, afinal, embora mantenha com as palavras um sentimento de amor & ódio. Ou elas por ele. Suas apostas neste ano podem ser resumidas em um único nome: Fernando. Seria o novo Rincón. Onde anda o Fernando? Vanderlei está desde o ano passado tentando armar um time. Não fosse R10 e a súbita vontade de jogo que baixou em R10 no meio do campeonato e fizeram do Flamengo a sua sensação, e este arremedo de time do Vanderlei estaria disputando vaga para não cair. O fracasso do Vanderlei foi por ele mesmo antecipado: o negócio era uma vaga na Libertadores. Como se Vanderlei não soubesse o que é o Flamengo. Como se Vanderlei quisesse lembrar como ele era nos tempos de Bragantino. O tempo passou, o fracasso do Vanderlei ficou evidente. O único problema que vejo em mandar embora o Vanderlei agora é a patricinha da natação olhar na direção do Caio Jr.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

O HORROR, O HORROR!

O time do Pofexô não é um time de merda porque nem sequer é um time. Não marca, não cria, muitas vezes empata. Ontem, quando pensou em botar o mau chileno e ser chamado de burro, refugou e botou a carapuça. A presença de Aírton e Willians no meiocampo se justifica porque nossos laterais são ruins, Leo Moura não sabe marcar, Júnior César é nome de avenida, e os zagueiros são inseguros. Esta linha de zaga requer cobertura constante. E, quando o arremedo de time tem a posse da bola, Aírton, Willians e o Abreu dão logo um jeito de não tê-la mais. São lentos, erram passes de 1 metro. Ontem, houve um período do jogo em que os armadores eram o Alex Silva e o Willians. É caos suficiente pra pedir o boné. O Bonsucesso de Sta. Catarina tinha o enredo bem ensaiado: marcar forte, tocar a bola e esperar pelo erro. Erro é a única coisa certa neste bando que o Pofexô reuniu. Pofexô que joga defensivamente, lembrando a toda hora que o máximo que vamos conseguir é uma vaga para a Libertadores, quando todos já percebemos que a vaga a disputar é na Sulameriquinha e que ano que vem será novamente esnobada. Vergonha é coisa para poucos, afinal.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Para sentir a grandeza de um clube a gente pode ir até a sua sede. É fácil mostrá-la a quem chega de fora. É mais difícil mostrar o Flamengo. O Flamengo não tem limites. O Flamengo é o Sonho. Em dia de jogo é mais fácil ver o Flamengo. O Flamengo é a própria multidão. Está em todas as ruas. O grito da multidão dá uma idéia do que é o Flamengo. Outros times existem por dentro. O Flamengo, não. Por dentro o Flamengo perde a medida de sua grandeza. O Flamengo não está na Gávea, na praia, na Lagoa, no Morro da Viúva, em Vargem Grande. O Flamengo está em toda parte. É grande por fora. Nisto está a diferença entre o Flamengo e os outros.








(paráfrase do prefácio de Mario Filho em seu imprescindível Histórias do Flamengo)

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Um time sem cara. Só máscara

O 1ºtempo não houve. Para nós. E, por sorte, nos livramos da goleada. À altura dos 20' ficou claro, claríssimo, transparente que a qualquer momento íamos sofrer um gol. Ficou claro até pro Pofexô, que tirou o Willians das profundezas do banco. Quando o Willians entrou já estava 2x0. O problema é a marcação do adversário. Quem concentra gente na meiúca e marca forte a saída de bola faz o time do Pofexô não jogar. Há um hiato entre os da defesa (uns 6) e os do ataque (uns 4), o outro é o Leo Moura. Pode-se plantar beterraba no meiocampo do Flamengo, feito entre aquelas pistas nos aeroportos da Alemanha. Antes de começar a inana éramos candidatos ao título, à meiahora de jogo já estávamos condenados a muito esforço pra pegar um lugar de compensação na Libertadores. O time pensa que pode mais do que de fato pode. Esse time envelhecido, que se mexe pouco - mexe menos que a frígida - merece um desmonte legal. A começar pelo envelhecido Pofexô (ontem, quando entrou o Fierro, fiz o que me cabia: saí de perto da tv). E, se São Judas ajudar, há de levar junto a patricinha da natação (a vereadora ausente). É mais difícil, mas não dizem que no Flamengo é tudo mais difícil? Valei-nos, São Judas Tadeu!

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

ACHADOS E PERDIDOS

A pegada no início do jogo foi boa, a escalação quase. Vanderlei envelheceu e, há alguma coerência nisso, prefere o time não digamos velho, mas experiente - ainda que lento. Quando o Muralha entrou o jogo, que já tinha a boa pegada, ficou enfim bom. No gol dos caras, foi engraçado ver o LeoMoura marcando uma das traves, o Maldonado a outra e o Welinton correr para conferir se havia algum buraco na marca do pênalti. Eles treinam isso lá no Ninho? Um bom jogo fizeram o Junior César, o Aírton, o Deivid, o Paulo Sérgio; um ótimo jogo fizeram o Thomás, o Muralha; mas o nome do jogo foi o Thiago. R10 bateu um côrner fabuloso na cabeça do Deivid, deixou com uma bola magnífica o Thiago trocando figurinhas com o goleiro deles, mas no geral complicou toda jogada que pode. É preciso a concentração do R10 no jogo, na eficiência do jogo, no resultado do jogo. Para R10 uma bola entre as pernas tem mais sabor do que um gol qualquer. No meio do campeonato alguém o fez ver que não é assim e ele fez gol até na bobeira de um goleirinho lá. Há quanto tempo R10 não faz um gol? Mas o bom mesmo é que estamos nos achando. O acaso, nova musa do Pofexô, começa a arrumar o time como o Pofexô não conseguia. Isto é Flamengo!

sábado, 5 de novembro de 2011

UM TIME DESTROÇADO

O 1ºtempo contra o Grêmio foi muito bom. Parte pelo nervosismo excessivo dos caipiras gaúchos, parte pela boa atuação de nosso ataque e parte sobretudo à escalação "diferente" que o Pofexô mandou a campo. O gol do adversário no fim do 1ºtempo fez o nervosismo tornar-se entusiasmo e a maneira como saiu, uma jogada improvável (falha do Welinton, que não fechou o óbvio espaço do centroavante desajeitado, falha do Felipe, que caiu atrasado), fez desmoronar o que já não era grande coisa: a capacidade de marcação do time. Willians, que fazia parte de toda seleção do turno que li, virou persona non-grata. Mais: os garotos desaprenderam de jogar. Diego Maurício e Negueba apresentavam algumas qualidades, agora só demonstram os defeitos. Deve ser o dedo do Pofexô. O time se destroçou antes de ser de fato um time. O Pofexô não soube armar o time. Até hoje deve dormir pensando como escalar juntos R10, Thiago e o Abreu. Quem sabe o acaso o ajude a pegar um lugarzinho de consolo pra Libertadores.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Jogamos ontem no Chile para empatar, ou perder de pouco. Conseguimos. Isso é Flamengo?

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

EMPATE, HOLY EMPATE

Se alguém não quer ser campeão, que arme o time pro empate, lá-rai-á-lá. Foi o que fez o Pofexô. É o time que mais empata num campeonato em cujo critério de desempate conta-se o número de vitórias. O Pofexô é engraçado. Involuntariamente engraçado. Quer sempre fazer graça, mas a graça surge involuntariamente. Ontem na coletiva disse que o Deivid jogou muito bem o 1º tempo e não tinha por que tirá-lo. Verdade que Deivid, saindo mais da área e tendo o Jael como centroavante, jogou melhor do que joga quando enfiado na área. Mas o parâmetro é o Deivid. Deivid, em nova função, jogou melhor do que o Deivid na função em que não joga nada. O que está longe de significar que o Deivid jogou bem. Deivid faz o mais fácil, se livra da bola como quem teme o erro, jamais arrisca. Não dribla, não tem velocidade. No entanto, foi em uma jogada de área que fez um belo gol de cabeça. Este gol deve manter o Deivid não só no elenco, mas no onze titular. Até, claro, a substituição, que pode tardar, mas não há de falhar.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

A NOITE QUE ILUMINOU CADA UM DOS ANTIGOS PROBLEMAS

O Pofexô, na coletiva depois do jogo, tirou o dele da reta e diagnosticou falta de empenho e de responsabilidade dos seus comandados. Fato é que algumas declarações na véspera deixavam claro que o time não conhecia o adversário, mesmo sendo este adversário o bom time que nos tirou da Libertadores do outro ano. O mínimo que se pode dizer é que subestimou o outro. O bom time dos caras, ao contrário, chegou dizendo que ia partir pra cima e que era o favorito do jogo. Na hora hagá, fizeram uma coisa e provaram a outra. O Pofexô resolveu poupar alguns jogadores do embate e outros pouparia se assim pudesse (R10, Thiago). Talvez não fosse recado que o adversário não merecesse a necessária concentração de todo jogo, mas tão-só que a copinha não era lá grande coisa. Fato é que o time mostrou sua precariedade enquanto time. Quem colocar bom número de jogadores no meio com forte marcação e marcar a saída de bola acaba com o time do Pofexô. O time não joga. O time não sabe como jogar. Ok que os caras entraram para uma final de campeonato e nós entramos para poupar forças ou pro Brasileirão ou pro Baladão, mas teve um momento em que o time quis ir pro jogo: E NÃO PODE. O adversário simplesmente não deixou. O porquê estamos todos carecas de saber. Adiós, Sulameriquinha. Até quando, Brasileirão?

sábado, 15 de outubro de 2011

INÍCIO DA CONTAGEM REGRESSIVA

Hoje o Pofexô entrou pro 1º tempo com o esquema de 2º e no 2º voltou à habitual formação de 1º tempo. A vitória desenhada no 1º tempo, que em verdade era o habitual 2º, podia ser mais elástica. O time jogou bem. A frase tem de ser repetida: o time jogou bem. Muito bem. Claro, com R10 a coisa fica mais fácil. Falar em R10, a expulsão foi a um tempo bobagem do Gaúcho e do juizinho. Um chega pra cá e pra lá se resolve com um papo enérgico, nem sequer cartão. Ameaça rua na próxima e vida que segue - como era na época em que futebol era de fato e de direito o tal violento esporte bretão. Hoje é um pequeno arco-íris de cartõezinhos. R10 precisa entender que não tem mais a agilidade de antes e, ainda que não se acomode com o chute escroto na canela por trás de quase toda jogada que tenta proteger a redonda, não ficar putinho a cada lance desses, afinal aos 31 anos deve entender que malícia é quase sabedoria dentro de campo. Thiago e R10 parecem 2 garotinhos de liceu. Os de O Ateneu pareciam bem menos garotinhos do que R10 e Thiago. Depois da expulsão não houve jogo. O time abdicou de jogar. Um corner no final do jogo foi o exemplo: abdicou do cruzamento para ganhar 15 segundos e perder a posse de bola. Eu achar que o Thiago tenha razão e sem R10 o time não só perde um jogador mas 50%, tudo bem. O time achar isso, francamente!

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

ESSE TIME NÃO SAI DO 1 A 1

Tirando o excepcional jogo na Vila e o Flaflu em que a mística do manto falou mais alto, o time joga pouco e o pouco que joga é o suficiente para o 1 a 1 - e time que só empata não ganha campeonato. Time que se mexe pouco, time que erra muitos passes (e certamente uma coisa está ligada a outra). Os laterais, que não são grande coisa, em geral estão entregues à própria e pouca sorte. O centroavante melhor fica no banco, seja quem for o escalado como titular. O meiocampo fica invariavaelmente atrás da linha da bola. O Pofexô deve saber o que faz; eu, decididamente, não entendo o que faz o Pofexô. Mesmo porque ele faz o que logo adiante vai desfazer. O esquema de jogo do time é o de antes ou o de depois das 3 indefectíveis substituições? Ontem foi um horror ver o Thiago errar demais e mesmo o maior acerto ter sido um erro de cruzamento. Ontem foi estranho ver o Botinelli, que era o melhor jogador da meiúca, botar a língua de fora na metade do 2º tempo. Ontem foi ridículo ver a 3ª substituição do Pofexô, trocando o Aírton pelo Fierro - como quem oferecesse a virada aos porcos e não propusesse coisa alguma em contrapartida. OK que com Ronaldinho a coisa pode ser um pouco, pouquinho, melhor do que foi ontem. Que o jogo e o placar sejam um pouco, pouquinho, diferentes, já que os jogadores, o que não nos dá muita esperança, serão os mesmos.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

O NOME NA HISTÓRIA

Um nome que se erga ao ponto de vir acima do clássico é tarefa para craques. Ou alguém com a personalidade acima da horda. O Flaflu do Leandro, do inacreditável gol aos 45 do 2ºtempo com uma porrada santa da intermediária. O Flaflu do Zico, em que o Galo meteu 4 na rede pó-de-arroz. O Flaflu do Marcial, quando aos 45 do 2ºtempo o ponta tricolor sozinho contra o nosso monstruoso goleiro tenta a bola por cobertura e com apenas uma das mãos o goleirão segura a um tempo a pelota e o título. Ontem o argentino entrou para a seleta galeria. Colocou seu nome acima do clássico. No clássico fabuloso de ontem, antes de se dizer Flaflu é absolutamente necessário dizer Botinelli. Daryo Botinelli. Quando entrou no jogo, o placar adverso a meia hora do fim, sua expressão era grave como convém ao craque, ou ao cara com personalidade acima da malta, ou ao homem cansado de ser humilhado. Não errou passe. Estava concentrado na tarefa que intuia ser sua. Na primeira oportunidade mandou um cacete de fora da área obrigando o goleirinho deles ao alongamento. Estava decidido. Quando surgiu a falta (e claro que falta foi: 2 argentinos não se beijam, a menos que sejam Maradona e Caniggia), o Thiago estava convicto que o Flaflu era dele. Por nada deixaria de bater aquela falta. Até tirou o Abreu do lance. Só alguém com a personalidade acima da corja o faria deixar de bater aquela falta. Daryo Botinelli, escrevam este nome, bateu no peito e, decidido, falou que era dele. Entendam, Daryo Botinelli, repitam este nome, não pediu para bater. Bateu no peito e disse: esta é minha! E era. E foi. Um lance desses muda a história do jogo. Muda a história de uma carreira. A prova inconteste veio 2 minutos depois. O toque sutil ajeitando a redonda, o drible ganhando o espaço do adversário e o chute fatal, antológico. A meia hora que restava desde a sua entrada no jogo acabara de se eternizar. O Flaflu de Daryo Botinelli.

domingo, 9 de outubro de 2011

PARADA NA ESQUINA ou UM BONDE SÓ FREIO

O estado de coisas no Flamengo é feito uma granada sem pino, mas que não explode. Dona Patrícia deve ter feito do célebre verso do Eliot seu lema político. O sussurro em vez do retumbante brado. Nunca explode, é só bastidores. No episódio famoso do Zico, para Dona Patrícia nada aconteceu. Comporta-se como se o Galo tivesse feito ária dramática de uma peça cool. No entanto, depois faz questão de posar ao lado do Capitão Leo, pivô do ocorrido. Dona Patrícia tem arestas, mas lado não tem. Seu lado é a sua carreira. O Pofexô centraliza o poder no futebol. Tem gente que não concorda e busca minar o fato. Vargem Grande é um terreno cheinho de minas. Que não explodem. A briga entre Isaías e Veloso não houve. O pedido de demissão não houve. Na base do sussurro deu-se a entender o mal entendido. Teriam de fato mantido contato com outro técnico durante a seca de 10 jogos do time do Pofexô? Tudo é underground no Flamengo. Mas undergroud com todo o charme da burguesia. Nada de explosões, fiquemos nos bastidores à base de sussurros. O ponto na esquina conduz ao Congresso. O freio no bonde é a tática. Resta saber se a estratégia não explode antes.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

ARRANCAR É PRECISO, AINDA QUE IMPROVÁVEL

Jogar contra Costa Rica, Porto Rico, Eritréia não tem a menor importância. Por que ficar sem o R10, ou o adversário sem o F9, em partida capital no mais disputado campeonato mundial? Já nos tiraram o Maracanã, o bando de larápios, agora o bandinho político nos tira o jogador decisivo. O negócio é o seguinte: o Thiago joga mais a frente e o Diego Maurício entra na esquerda. Vencer o Flu é fundamental e nada improvável. O jogo em Sampa, no Morumbi repleto de bambis, foi complicado especialmente em razão do juiz caseiro. É preciso alguém, alô alô Pofexô, avisar ao Renato que passar do meio campo não é proibido e chutar a gol é obrigação. O alvibambi chutou umas 5 antes de guardar na gaveta, cabe ao R11 chutar umas 5 - uma ele guarda. A semana deve ser mais calma, ainda que a presidenta seja chamada a descer do muro e o Deivid, noiva que não beija, torne a cobrar a cifra inacreditável. Flamengo, como é mesmo?, é Flamengo, hem gente boa.

domingo, 2 de outubro de 2011

as dores dos bastidores

Pra entender o que ocorre com o time em que medida o que ocorre em torno do time é substancial? Vanderlei reclama que a direção não trabalha suficientemente, uma vez que a política de influência na arbitragem, comum em outras paragens, na Gávea anda parada na esquina. Isaías Tinoco assume a frente no papo com a direção. Veloso, o dirigente, quase sai na porrada com o Isaías, que pede demissão. Patrícia, a presidente, tem o melhor olhar voltado para o Congresso; a Gávea, ou Vargem Grande é tão-só um trampolim. Quanto dessa porrada era pro Vanderlei? Durma-se, ou treine-se, com um barulho desses. De longe, mas não tanto, Márcio Braga, outro que fez do Flamengo catapulta, chia contra o estado de coisas. Este é um Flamengo que também é Flamengo.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

MAIS UM POUCO DO MESMO

Ao entrar no pasto de Engenho de Dentro o time do Pofexô já disse ao que veio. No intervalo ia sair o argentino; se fizesse gol o centroavante ficava, se não entrava o meiadúzia. O Pofexô é fiel a suas obsessões. Mantém o argentino avaliado pelo genro (todo time tem um argentino melhor do que o nosso) e o dilema do centroavante (antes era ou Deivid ou Vanderlei). O jogo foi o horror que se esperava e a derrota anunciada. O time do Pofexô é o cadáver que morre na véspera. No intervalo veio a já rotineira bravata: saem de um golpe 3. Outro dia ele, o Pofexô, disse que não ia jogar a garotada ao risco da fogueira. Era a razão de manter o time, mais experiente. No sábado, quando a coisa pegou fogo ele lançou o Thomaz, de 18 anos. Mas o Pofexô não é fiel à coerência, só às suas obsessões. O time começou a jogar à frente da linha da bola. Parecia até um time grande. Mas o Diego Maurício, saindo de uma esquisita punição (na coletiva o Pofexô explicou que ele ficara "26 minutos sem tocar na bola num treino"), deu de cair obsessivamente pelo lado direito. Esse moleque deve ter desrespeitado o Pofexô, que sempre disse que o moleque não tinha vaga no time porque o jogo dele era do mesmo lado do jogo do Ronaldinho, ou seja do outro lado onde o moleque entrou. Lá pelas tantas (por vontade própria ou teria o Pofexô trocado os óculos?) o moleque caiu pela esquerda e virou o jogo. O gol foi aos 43 e os caras, lanternas desde o início, ameaçaram o empate desde então. O time não teve sequer outra jogada ofensiva. Se agarrou aos 2x1 como o pobre coitado sem fé à imagenzinha de São Judas Tadeu.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

A ESQUINA ONDE O BONDE FAZ PONTO FINAL

Lentamente construimos a invencibilidade no turno do campeonato, outra também lentamente vamos construindo no returno. A cada jogo se percebe, ou eu percebo, que o time já deu o que tinha de dar. Mas entendo pouco, ou nada, desse troço: quando achava que o Abreu e o Thiago mereciam sentar a bunda num banquinho, vai lá o técnico da seleção e convoca ambos. Cada um vê do jogo o que melhor lhe apetecer. Do jogo que vi ontem, a Ronaldinho-dependência do time é a um tempo flagrante e alarmante. Só o Ronaldinho sabe jogar, ou joga o suficiente para decidir. Ainda que agora decidir seja não deixar o time perder. Empate pra esse time é vitória; e se na casa do adversário, de goleada. Quando o Ronaldinho jogou, o time andou bem perto da vitória, esta palavrinha ultimamente proibida na Gávea. Ronaldinho parecia tão à vontade no 2ºtempo (chutes, dribles, passes, arrancadas), que resolveu dar-se um longo fim de semana - deu um carrinho tão desnecessário quanto imprudente num alvinegro lá que deve ter conseguido o que queria e o que queria deve passar tão somente nesta semana por seleção. Ainda 2 coisas: a) o que o Alex Silva não está jogando impressiona, ainda mais quando de seu lado o Welinton se torna o melhor zagueiro; b) quando o técnico põe no meio do jogo alguém que tem a sorte de fazer o gol, elogia-se o acerto do técnico. Ontem o Pofexô botou o Negueba e o Deivid e ambos foram constrangedoramente mal - o Deivid chegou a perder um gol, como é de seu feitio. Pode-se dizer que o Pofexô errou feio nas substituições, pois.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

PARADOS NA ESQUINA

Quando o time se amedronta em vencer o Botafogo é que a vaca inquestionavelmente está indo pro brejo. Ninguém está jogando porra nenhuma, embora alguns estejam jogando porra nenhuma muito menos que os outros. Se não fomos goleados no 1º tempo é que o adversário sente um proverbial cagaço ao nos enfrentar. No início do 2º fomos o que nos acostumamos a ser: grandes. Ainda que sem jogar porra nenhuma, partimos pra cima. Óbvio, fizemos o gol. Gol que demonstra exatamente o time que não temos. Foi peça de um só autor. Golaço do Jael. Ao receber a bola do Leo, de costas para o gol, não fez o simplezinho que certamente o Deivid faria. Partiu pra decisão. Fosse o que São Judas Tadeu quisesse. E São Judas sempre quer. No gol da cachorrada o Alex Silva inventou um jeito muito especial de não jogar porra nenhuma. Não subiu. nem sequer olhou pro Abreu deles: ficou acompanhando a viagem longa, alta da bola, se abaixou e, quase sentado, arranjou o melhor jeito de assistir ao gol. O Pofexô fez a porra nenhuma que lhe coube: substituiu no intervalo o 6 por meia dúzia, ou seja um centroavante-centroavante por outro, depois substituiu o meia dezena por 5. Pra que mexer mais em time que não está jogando porra nenhuma mas que não está perdendo, né Pofexô?

terça-feira, 13 de setembro de 2011

I M P A S S E

Verdade que a sorte nos foi madrasta no último domingo. Não que tenha sido injusta a nossa derrota. Jogo tem pouco, ou nada, a ver com justiça. Mas o adversário tirava de dentro do gol, ou a bola passava raspando, ou explodia no travessão, ou ainda na expressão do Pofexô, "batia num, na bunda do outro". Verdade também que em boa parte de nossa longa invencibilidade fomos bafejados com o bom sopro da sorte. A sorte, em boa medida, nos manteve invictos. Sorte tanto maltrata quanto acarinha. Ponto. Nosso impasse pouco, ou nada, tem a ver com sorte. Lendo pacientemente as postangens anteriores, jogo a jogo desde o início deste ano, reforço a constatação de que poucas vezes o time jogou bem, ou deu prazer, de fato, assistir ao jogo deste time. Mas havia confiança - esta palavrinha mágica. Confiança que parece ter deixado o barco à deriva. LeoMoura quase não tenta o drible; se tenta, perde; se perde, não volta a tentar. Confiança. A falta dela vai destroçar o Welinton. Não importa agora se a aposta do Pofexô deu em dívida. Importa é que a dívida tem de ser paga. E com cheque coberto. Tanto as bravatas quanto a histeria devem, têm de estar longe. O papo e a seriedade do papo urgem. Verdade é, também, que o papo de "este ano devemos pensar na faixa da Libertadores" vem do início do ano, da sombra úmida do quase-rebaixamento. O negócio é que a possibilidade, real, de título despontou no horizonte. Um novo rumo deve, tem de ser tomado. Icem as velas, ao mar o impasse. À conquista, porra!

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

SULAMERICANA?

O returno nem bem começa e com ele a inacreditável invencibilidade às avessas. 4 jogos, 4 derrotas, 3 delas para times na rabeira da tabela. Não importa se é jogo no Rio ou qualquer outro canto, o time joga porra nenhuma. Nisso o time mantém a regularidade. Ontem, em Macaé, para aqueles que andam vendo corpo mole do grupo, até que o grupo endureceu o corpo e teve alguma atitude. Nenhuma técnica. Nos primeiros 20 minutos a atitude pareceu suficiente. A partir daí o jogo amornou, a atitude foi arrefecendo e a falta de técnica imperou. Foi só o adversário atacar uma vezinha pra botar a nega no saco - contando, em verdade, com o sopro do azar. Mas assim é o jogo, em geral a sorte ajuda a quem a busca com objetividade. Objetividade que anda longe da Gávea, de Vargem Grande, do Engenhão, de Macaé. Se o papo era tão somente a vaga para a Libertadores, agora deve aparecer outro, a vaga para a Sulamericana. Logo, logo, outro: a fuga do rebaixamento. Nunca é demais lembrar que estacionar nos 36 pontos é um sério risco quando não se tem mais o pouco de time que parecia haver.

domingo, 11 de setembro de 2011

HOJE VENCE. PONTO.

Daqui a pouco o Flamengo e toda a nação estaremos juntos, no campo, pela tv, pelo rádio, o escambau. Que time esperar? O goleiro, ok. Leo Moura não está bem. Rafael Galhardo não foi suficientemente testado; quando entrou, entrou mal. O Galhardo parece que desponta para o anonimato. Só impressão, torço pelo contrário. A substituição do Leo sem passar pelo Galhardo seria mexer muito no time. Fica, mesmo mal, o Leo. Alex Silva e Angelim. Um voltando, ainda fora de forma, mas é o melhor zagueiro; o outro descendo a ladeira da produtividade, mas ainda sabe jogar. Jr César não tem substituto, mesmo sem estar bem, fica. Jr César precisa jogar com alguém bem próximo, mas isso já é coisa pro Pofexô e pra Vargem Grande. Maldonado voltando, aguenta meia hora - que jogue, pois, meia hora. Willians de um lado, Abreu do outro e seja o que os deuses do futebol quiserem. Thiago e Ronaldinho tentando criar alguma coisa. Thiago recebe a bola de costas e torna-se um muro favorável ao adversário, mal consegue reter a bola. Botinelli é a opção que sequer deva ser pensada, no momento. Tudo depende do Ronaldinho. A armação, o toquer de primeira, o toque de segunda, o gol. O ataque é, se tanto, cardíaco. Nosso. Quem compra, vende, empresta no Flamengo é o Vanderlei. Wagner Love não veio porque Vanderlei vetou. Caro era, como cara seria o Kléber. E Kléber foi tentado. Adriano, que se voltar torna o Corinthians o virtual campeão, Vanderlei também vetou. Alguns sairam, Deivid ficou. Centro avante que não arranca, que não dribla, que só faz gol no toque final. A garotada, que o Pofexô deve lançar, virou incógnita. Diego Maurício entra em campo parecendo que não suporta mais as ordens do Pofexô. Era nosso melhor atacante. Vanderlei, segundo quem priva daquela intimidade de Vargem Grande, pega pesado com a garotada. Tudo que o Pofexô diz sobre ele é real, positiva e negativamente. Mas a maneira como o Pofexô conduz a coisa é a melhor pra que a garatoda tenha o melhor aproveitamento? Pergunta pra Dona Patrícia atentar. Idem o Negueba, que há 2 jogos entra muito, muito mal. Ele, que entrava sempre bem. O time precisa de 0². Vanderlei, parece, anda atento só pro C0². É preciso esquivar-se um pouco, só um pouco, da mídia e trabalhar como se fosse um técnico, digamos, do Bragantino. Mesmo sem, parece que o Armani gessou-lhe a desmedida vaidade. A vitória trará alguma tranquilidade para deixar o vento levar pra longe esse odor escroto de "vaga para a libertadores".

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

TEM GENTE ACHANDO QUE ISTO AQUI É CANTO DO RIO

O problema não é o time ter jogado mal. O problema é que esse time não joga bem. Vanderlei sabe disso. Em vez de arrumar um jeito e um time que pudesse jogar bem, preferiu introduzir aos poucos a ideia, em si mera compensação, de Libertadores. Libertadores o kct! Um campeonato bom de ganhar e vem crescendo esse papo de vaga na Libertadores. Antes de introduzir esse papo, Vanderlei tem de mandar a campo 11 jogadores a fim de jogo. O time está jogando com gente a menos. Insistir é bobagem. Continuar com a insistência, burrice. Nestas horas cabe tirar de cena a legião estrangeira e colocar o pessoal feito em casa. Se jogar mal não será pior do que tem sido. E o papo de que pode queimar, etc fica nulo diante de seu contrário: pode dar praia. O fato é que os caras não estão errando passes de 2 metros, mas de meio metro. Estão se mexendo menos do que a velha frígida. Vanderlei se esgoela pedindo pra não dar chutão. Mas o que eles vão fazer além do chutão? Se ninguém se mexe o adversário vai lá, dá um cascudo e rouba a bola. Parece jogo de adulto contra ciança. Vanderlei acha mesmo que com esse meio-campo e com o jogo que os laterais vem jogando dá pra ter uma alternativa aos chutões? Aqueles óculos do Pofexô certamente não tem grau. Entrar com 11 caras que querem jogo já há de ser um grande adianto. Assistir ao Liedson, ou ao Emerson, jogadores franzinos, baixos, ganhar na cabeça de 2 galalaus quase o tempo todo é programa de masoquista. 2 jogaram alguma bola, outros 2 ou 3 tentaram, o resto foi, ou é, resto de fato. E fede mesmo.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

MONSIEUR PUJOL

A coisa fedeu além da conta. Evidentemente um peido, por mais caprichado, não tem o poder de descarrilhar o bonde, ainda que sem freio. Flamengo não é Santa Tereza, embora dirigentes do Flamengo se esforcem para ter a incompetência de governador, prefeito e secretários, já que o oportunismo os iguala a todos. Há algo podre no reino de Vargem Grande além do rastro odoroso e das gargalhadas que o saldaram ao ronronar. Urge montar o quebra-cabeça. A entrevista do Angelim depois do jogo, em que não respondeu pergunta alguma porque só falava na barração do Welinton. E Angelim, da legião estrangeira, é o mais flamengo. É preciso atentar pro que diz o Angelim. A lembrar que ele se barrou na época do Andrade. Disse que só voltava quando estivesse, de fato, bem. Disse e fez. Há a tentativa do Abreu em reunir o elenco sem a galera da comissão técnica, que o Vanderlei brecou. No entendimento do Pofexô liderança não divide. Pofexô, que nas coletivas resolveu adotar o superlativo: o time não está jogando mal, está péssimo. Estranha, a maneira absolutamente sem tesão, sem garra, sem fibra com que o time aceitou (na boa?) a sova baiana. Abreu fala muito durante o jogo. Alguém viu o Abreu soltar o verbo naquele jogo? E Willians, de freio puxado, a que, ou quem, se deve? Se algo começa a precipitar, é tempo do corte. Pela raiz. O campeonato tá bom de ganhar. É juntar os cacos, entender que vaidade excessiva é coisa de viado e que liderança também se exerce com o ouvido, aliás dois. Que o Irene de Vargem Grande seja contabilizado como a hora do recreio da petizada.

SEJA NA TERRA, SEJA NO MAR: VENCER!




segunda-feira, 5 de setembro de 2011

C I R C O

A palhaçada de ontem na arapuca de Engenho de Dentro pode ser resuminada não em 3 gols, mas em 3 tempos de conversa: 1º, o time entrando em campo, íamos acompanhando e reconhecendo a horda, um de nós falou "Jael e Deivid no ataque, no meio Willians, Renato Abreu e Botinelli, o Pofexô só vai mudar isso se o time estiver perdendo e escreve aí, vai estar perdendo". Esse time torna qualquer um de nós em Mãe Dinah. 2º, o time voltando depois do intervalo, "caralho, o Pofexô manteve, impávido, o colosso intacto! Ele acha mesmo que esses caras têm qualidade ou ao menos atitude pra virar o jogo?" O Pofexô não achava e, menos de 10 minutos depois, veio a bravata de trocar num só golpe 3 deles. 3º, no final do jogo, "ou o Pofexô começa a ver o jogo que os torcedores estamos vendo ou em mais 3 rodadas esse time vai estar na parte de baixo da tabela".

Na boa: o Leo Moura comemorou 350 jogos trajando o sagrado manto ou comemorou 350 anos? ******* O Thiago dá a impressão de ser um garotinho bom de bola da 5ª série jogando em pelada de pessoal de 2º grau: não vê a cor da bola. ******* Nunca mais alugo uma comédia, gravei as tentativas de tabela da dupla Jael e Deivid. ******* Quer dizer que vem aí mais uma torcida organizada, a Flato?

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

NÓS, INCORRUPTÍVEIS

Teoria da conspiração é sempre a favor de quem a expõe. O que a torna, em geral e arquibancada, indefensável. O problema há. O mundo todo experimenta, investiga e expõe práticas de gatunagem para arranjar resultados. Nas vizinhanças portenhas o escândalo explodiu brabo. No Brasil, não. Somos um país incorruptível. Cá as práticas da corrupção não vingam. Os árbitros são apenas ruins. Os dirigentes tão somente amadores. Somos absolutamente diferentes do mundo. Afinal, Deus é brasileiro.Das práticas isoladas de Castor de Andrade às papeletas amarelas do George Helal correu o puríssimo rio de águas límpidas. Tudo se organizou. Dentro e fora da lei. Não no futebol brasileiro. Cá a pouca organização que houve ocorreu única e exclusivamente dentro da grafia da lei. Não há influência política capaz de cometer qualquer ilegalidade. Somos um povo cordial e justo. Nada abala nossa convicção de justiça acima de interesses. Se, na dúvida do lance, um árbitro favorece algum time e desfavorece outro é tão somente um acidente de jogo. Se está difícil um ministro manter-se no cargo por mais de quinze minutos, há sempre a alegar razões de ordem pessoal. Nada que possa abalar nossa certeza e a certeza de nosso caráter nacional.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

PARADO NA ESQUINA, MAS DESPENCANDO NA TABELA

Um time estático. O meio-campo se posiciona antes da linha da bola, o que proporciona a falsa noção da posse de bola. O time joga pro lado, ou pra trás. E quando, como ontem, nenhum deles consegue trocar 3 passes, o time não joga. Em verdade que já ficou cansativa, o time é Ronaldinho. E quando Ronaldinho não está bem, nem ele - e só ele - é capaz de evitar a derrota. Nunca é demais lembrar que mesmo mal, ainda assim Ronaldinho é bem melhor que o restante. E cada vez mais os outros são resto. Além de estático, é preciso notar que é um time envelhecido. Metade tem mais de 31, 32 anos. E cada vez fica mais evidente este peso. Ontem o Angelim tentou 2 antecipações: deu o bote certo, mas não levou, faltou força física. Leo Moura não consegue mais criar as jogadas no fundo que lhe fizeram a (razoável) fama. Não joga ofensiva nem defensivamente. Ontem em Floripa o time de azul fez do seu lado o seu jogo. Rodrigo Alvim é um mistério. O que faz ainda no elenco? É o cara que corre para não chegar. Se o time de azul fez do lado do Leo o seu jogo de ataque, fez do lado do Alvim o de seu contra-ataque. Renato Abreu desmoraliza o scout. Segundo a burra estatística é o Abreu quem mais acerta passe no time. Os passes do Abreu são feijão com arroz insoso. Uma valsa de 2 pra trás e 2 pro lado. Às vezes uma virada de jogo se a muvuca se faz de um lado e do outro sobra espaço - ainda assim é sempre um risco suicida o passe do Abreu. Não existe como meia e cada vez menos existe como chutador. Virou um ajudante de ordem. Deivid. O jogo fala por ele. Nenhum chute a gol. É noiva que não beija. Da mesma forma que o Vanderlei imediatamente botou o Negueba, imediatamente havia de tirá-lo. O intervalo era a hora. Como entrou mal o Negueba. Fez do erro sua tentativa. O Vanderlei acha que encontrou um lugar e um modo do Thiago jogar, só que o Thiago corre pra caramba tentando também achar e não encontra. Vanderlei entende muito do jogo. O problema é que, ali, bem de perto, há chance de hipermetropia.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

DE E SOBRE NÚMEROS

Foi o 9ª empate, o 3º sem gols, a completar uma série de 4 jogos seguidos sem vitória. Dos problemas o maior continua intacto. O time não tem saída de bola porque falta qualidade ao meio-campo e, sobretudo, por ser um time estático. Ter a bola significa fazer alguma coisa objetiva com ela. O meio-campo toca de lado até o providencial toque pra trás que inexoravelmente resulta no chutão pra frente e pro adversário. Quem melhor trabalhou no meio foi o moleque Luiz Antônio. Há uma estatística que aponta o Abreu como o melhor passador de bola. Em estatística conta-se passe de meio metro pro lado ou pra trás. Vale tanto quanto o que o cachorro deixa no poste. Os erros de passe do Abreu deixam a torcida de joelhos orando pela intervenção de São Judas Tadeu. Botinelli é uma ausência que preenche lacunas. Falta o que ao argentino: personalidade, tesão ou tão somente futebol? A cada jogo fica claro que Leo Moura já era como lateral. Jr César tem o vigor que falta ao moicano da 2, sem a inteligência de jogo do Leo. O jogo só flui quando a bola chega no R10. Mas aí encontra o Deivid. Uma nulidade o Deivid. Jogar com o argentino e o Deivid é jogar com 2 a menos. Ontem, com 2 a menos um tempo inteiro, o Welinton resolveu arredondar a conta e aumentar o tempo. Jogamos mal o 1º tempo e, com Negueba, demos um jeito de equilibrar as coisas no 2º. Se Negueba equilibrou o jogo, poderia tê-lo desequilibrado: em 2 ou 3 lances se faz a escolha certa, e a escolha certa passava pelo R10, teríamos tido uma vitória maiúscula. O que foi não dá para dizer que foi um mau resultado. Nem bom. A registrar a imensa torcida pela recuperação do Ricardo Gomes. Nunca é demais lembrar que trata-se do melhor dentre os novos técnicos.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

R10, Negueba, frio e TV

Já estava esquecido de como é engraçado acompanhar jogo pela tevê. De como têm sido chatos os jogos do time sem R10 não esqueci. No 1º tempo éramos tão inofensivos que os caras só fizeram uma única falta e se jogassem sem goleiro não faria qualquer diferença contra eles. Havia o Negueba e a velocidade do Negueba na frente, um trio razoavelmente seguro atrás (Felipe, Gustavo Freezer, Alex Silva) e a certeza que haveria pelo menos meia hora de jogo no 2º tempo. Ali pelos 15' entrou R10 e as coisas tornaram a entrar nos eixos. Antes do R10 entrar, entrou o Willians e logo esticou um passe na esquerda pro Abreu, que cruzou a bola paralela à linha da área. Não é sobre como o Jael rapidamente se igualou ao Deivid o motivo do papo, mas a afirmação do comentarista de arbitragem (cada coisa que inventam, São Judas Tadeu nos livre!) da Globo, Zé Roberto Wrong. Ele não confia em árbitro, não confia em bandeirinha, não confia nem no que vê - já que precisa ver outra vez, mais outra, pede bis e o recurso tecnológico que o ajude a entender o que se passou. Foi óbvia a validade do lance, mas o Wrong cismou com o pé do Jael. Ele teve a impressão que o pé do Jael só tinha à sua frente o goleirinho paranaense. Imagino esse cara apitando. O jogo devia durar 3 dias, 9 horas e 47 minutos. A sobriedade e segurança do Júnior nos comentários são meras coadjuvantes diante da patetice grave, mas hilariante, de Sua ex-Senhoria Wrong.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

TUDO COMO DANTES

Em 2º estávamos, em 2º estamos. A diferença, que colocou tudo nos eixos, foi a volta de R10 - diferença que, mais do que evitar a derrota, cria a oportunidade da vitória. Exatamente como o jogo em Floripa, quando vencíamos por 2x1, R10 criou magnífica oportunidade pro 3º gol, de cabeça, e a perda foi lamentável, quando vencíamos por 2x1 em Poa, R10 criou magnífica oportunidade pro 3º gol, de cabeça, e a perda foi mais uma vez lamentável. Dos coadjuvantes, Felipe desta vez foi bem, da mesma forma o Alex Silva; Leo Moura voltou a jogar mal, quase tão mal quanto o Willians. Depois do 1º gol dos gaúchos, o Renato quase expulsou Sua Senhoria porque, em vez do claríssimo tiro de meta, o do apito marcou tiro de canto. Sua Senhoria poderia ter reclamado do inacreditável passe errado do Abreu, que resultou no lance da reclamação do Abreu. Não dá pra dizer que deixamos escapar pelos dedos a vitória, como insinua o Vanderlei. Mesmo com 10 os caras corriam mais do que nós, pareciam com mais tesão pelo jogo do que nós. A armação do nosso jogo passava pelo moicano da 2, pelo argentino e pelo Abreu. Ou pior, não passava. R10 teve de desdobrar-se em variadas funções pro gol, pros gols, sair, sairem. Tudo exatamente como antes.






sábado, 20 de agosto de 2011

FLAMENGO É FLAMENGO E VICE-VERSA

O jogo de meio de semana foi o de vice-versa. O jogo contra o Santos foi de sonho, contra o Atlético Goianiense foi de pesadelo. O time não é exatamente um nem outro. O jogaço contra o Santos redimensionou o time aos olhos de todos e, sobretudo, ao seus próprios olhos. O time passou a se achar melhor do que de fato é. O jogo atípico contra o Santos e a subida de produção do jogo do Ronaldinho deram a medida da qualidade do Flamengo. Irreal. É necessário acordar para a medida real deste time se estivermos a fim mesmo de ser campeões. Não há time algum melhor do que o nosso. Há mais arrumados, há mais compactados. Nossos problemas são muitos, nenhum grave. Mas é preciso atenção sobre eles, é necessário treinamento para minimizá-los. Nada de novo, todo mundo sabe quais são. Felipe tem saído muito mal do gol, tem reposto muito mal a bola em jogo. Leo Moura só produz se tiver com quem dialogar, foi o Negueba, chegou a ser o Fierro, sem isso torna-se uma nulidade. Angelim decai de produção, não apenas o peso da idade, mas a falta de quem comande a zaga. Welinton é um monstro de saúde, tem algumas qualidades, nenhuma que impressione - talvez precise amadurecer, mas não necessariamente neste time. Lembro de alguns jogadores que foram emprestados e voltaram prontos, Andrade é o melhor exemplo. Jr César tem contra si a estatura, a passada curta, facilmente alcançada pelo adversário: não, não é falta quando o cara de lado num quase carrinho tira com facilidade a bola dele, que invariavelmente se atira no gramado (quando há grama, esse artigo cada vez mais raro nos campos brasileiros). Williams é um exímio volante de desarme, Aírton um exímio marcador, esperar deles armação de jogo, como na última partida, é um absurdo inominável. Abreu é por temperamento o líder do elenco, mas seu futebol é lento feito um videotape dos anos 50, além de sua irregularidade nos passes ser um risco a cada jogo. Thiago Neves jogou mais no Flu do que joga no Fla. Só que jogar no Fla dá outra dimensão à qualidade do jogo. Thiago virou selecionável rapidamente. É um bom jogador que o Fla redimensionou. Deivid teve uma melhora considerável, mas insuficiente. Não tem arranque, não tem capacidade de drible (alguém já viu um drible do Deivid?), não tem velocidade. Jael é a reedição do Vanderlei, que há pouco meteu o pé. Quando será a vez do Jael, que um dia já foi o Josiel, meter o pé também? Botinelli é o cara comprado sabe-se como, mostra alguma qualidade, nenhuma significativa, mostra alguns defeitos, nenhum grave. Um banco que talvez haja similar em casa. Fierro é o jogador que todo técnico gosta: joga pouco, mas com muita vontade; joga pouco, mas não reclama nunca; joga pouco, mas só joga taticamente. Sobra Ronaldinho. Ronaldinho é Ronaldinho. Vanderlei sabe das coisas ainda. Essa pressa bem brasileira com que se desqualifica é igual a outra que tão rapidamente qualifica. Erra como todo técnico, e errou feio na última 5ªfeira, como todo técnico acerta, e Vanderlei acerta mais do que em média os outros técnicos. Fica claro que não descobriu a melhor maneira de montar o time com esses jogadores. Encontrou um jeito que depende demasiadamente do talento do Ronaldinho - e para isso, sejamos razoáveis, não precisa quebrar a cabeça para arranjar tal jeito. A constrangedora goleada serve para fazer o grupo aterrizar, botar os dois pés no chão, arregaçar a manga nos treinamentos. Conscientizar-se que joga a mesma medida que os outros jogam. Nada mais, nada menos.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

PRA PERDER A VIRGINDADE, DE 4 É MELHOR




CIRCO DOS HORRORES

Que dizer de um jogo desses? Melhor puxar parte do parágrafo inicial sobre o jogo anterior. "Time que quer ganhar do Flamengo já aprendeu o caminho das pedras: povoar a meiúca e marcar em cima, o problema é que o Ronaldinho não está deixando o time perder". Pois é, desta feita não teve o Ronaldinho. Teve 3 zagueiros e 2 volantes. O time entrou em campo com a cabeça adiante, talvez no jogo contra o Inter, ou o Vasco, ou mais adiante ainda, no jogo contra o Corínthians em que a lideança seria decidida. Enquanto isso o time de Goiânia entrou com medo de perder, mas entrou para jogar aquele jogo. O Pofexô tinha ou não confiança em quem tinha de dar confiança à defesa? Por via das dúvidas escalou 3 zagueiros. Os 2 volantes são os de sempre, o centro avante que se vire lá na frente. Sem Ronaldinho. Nos cálculos do Pofexô, os 3 zagueiros deviam liberar os ataques dos laterais, ou alas, sei lá como ele os chama em seus desenhos táticos. Leo Moura foi novamente um arremedo de jogador, Jr César fez do chuveirinho da intermediária seu repertório monocórdio. A teoria na prática foi o horror. Felipe anda nos acostumando a saídas inacreditáveis: ontem, com a bola fazendo a curva para fora da pequena área, lá estava nosso goleirinho espalhafatoso a meio caminho entre o nada e coisa nenhuma. O meio-campo foi a arena onde a absoluta ausência de inteligência desfilou suas aberrações. A criatividade do Botinelli é uma cópia xerox. O cara passar 90 minutos sem acertar uma jogada sequer é papo para Guinness. Até lateral o argentino bisonhamente errou. Thiago Neves dá a impressão que não consegue pensar e correr ao mesmo tempo, o problema é que ele corre o tempo todo. Deivid, se o considerarmos um zagueiro do adversário, até que levou jeito. O Pofexô errou feio, o time todo errou feio e nós, os palhaços, erramos feio em nosso cálculo de ir àquele circo pavoroso de Engenho de Dentro.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

ECOS DO JOGO EM FLORIPA

Está virando tabu flamengo falar de arbitragem. Arbitragem é parte sig-ni-fi-ca-ti-va do jogo e deve obviamente ser comentada. Os caras são, em geral (e arquibancada também), fracos pra kct. Têm de ser olhados com o rigor que se olha um jogador coadjuvante. Os erros apontados com clareza e autoridade - exatamente como o erro de uma dessas barangas que vestem uniforme de time grande e se exibem com futebol de time de 3ª divisão. Chorar resultado é coisa que flamengo não faz. Nossa cultura é outra. 2 + 2, na Gávea, sempre são 4. Em um jogo de menos de 40 faltas, quase meio a meio (foram 20 x 18), um lado receber 6 cartões amarelos e o outro nenhum provoca um evidente espanto. Que critério foi usado? Violência não houve. Critério, no Brasil, é matéria subjetiva. Um deixa o jogo correr, outro pára o jogo todo o tempo; um é comedido na palavra e nos gestos, outro é eloquente e fanfarrão. O juizinho careca de domingo passado é fraco. Um mau árbitro. Ninguém tem aquela cara impunemente. Se entramos no movediço terreno da psicanálise, dele saiamos logo. É o tipo de "autoridade" que fala o que quer, e geralmente tende a querer muito, e não gosta de ouvir coisa alguma (todos temos boas histórias sobre Suas Senhorias, confere?). O careca é o tipo do cara que provoca uma reação para depois punir esta reação que provocou com a sua autoridadezinha de aluguel. A mesma performance da Autoridade que me leva ao ítem abaixo.

O lateralzinho de time menor que o Flamengo conduziu à seleção na época em que seleção era para os maiores. Na coletiva exerceu seu direito de comentar a parte do jogo que lhe interessava. Todos os "professores" assim o fazem. Mas foi além. Disse que já esteve lá e sabe que queremos o poder. O cara lembra o que o Embaixador Talleyrand disse dos Bourbons quando esses voltaram ao poder depois da queda de Napoleão: "não aprenderam nada, não esqueceram nada". O professorzinho lá deles deu-nos há pouco a mostra de o que entende por poder. Lembremos, ainda que com sarcasmo, sua atuação como braço direito do Dunga na fracassada Copa de 2010. Nosso poder é de outra substância. Nossa grandeza é que confere o caráter de nosso poder. Não o vão poder de mandar e desmandar como performance. Nosso poder foi consubstanciado no tempo, se fez tradição. O poder desses caras se impõe na canetada, no rabo preso com o mandantezinho da hora. Nossa força vem exatamente do que não é imposto. Repetimos com o Corisco daquele filme do Gláuber, "mais fortes são os poderes do povo".

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

A VALSA IMÓVEL DOS LÍDERES: DOIS PRA LÁ, DOIS PRA CÁ

A tabela ficou como estava. Foram 3 resultados iguais dos 3 times que lideram o campeonato. A mesmice foi também a tônica do Flamengo: a mesma qualidade (R10) e o mesmo problema (saída de bola). Time que quer ganhar do Flamengo já aprendeu o caminho das pedras: povoar a meiúca e marcar em cima, o problema é que Ronaldinho não está deixando o time perder. A criação do time passa pelo R10. Os 2 gols lá em Floripa foram de responsabilidade do R10. Ok que nos 2 gols contra houve falhas, no 1º a falta de atenção do Angelim em se adiantar antes do passe, no 2º o erro de cálculo do Felipe, mas o time não conseguia reter a bola na frente. Abreu joga pros lados ou pra trás, o que resulta em chutão do Welinton e bola recuperada pelo adversário. Thiago e Leo Moura não estiveram bem (aliás, não estão bem). Airton e Williams correm contra a multidão que povoa o meio-campo dos caras. Em momento algum o jogo se desenhou favorável. E talvez essa porra de invencibilidade já esteja pesando. O descontrole emocional do time só pode ter essa explicação. Sua Vigarice de Amarelo não pareceu de má fé. É tão-só um mau árbitro. Errou faltas contra nós, não deu cartão pros caras quando mereceram (lembro uma segurada feia na camisa do Abreu), mas nada que já não houvesse acontecido antes. O time parecia de crianças mimadas. Ganhar na casa do adversário é pressão. Ganhar campeonato feito pra time de presidente-amigo ganhar é pressão. Flamengo é nadar contra a corrente. Ferre-se Sua Vigarice de Amarelo. Errou pra caramba, mas o negócio da gente é outro, é partir pro confronto, é acertar e ganhar, sem choro nem vela. Se o Thiago faz o fácil gol de cabeça que perdeu depois que o R10 o deixou frente a frente com o goleiro, ninguém ia lembrar de Sua Vigarice Careca. Quando o R10 deu a dica pro Vanderlei tirar o Aírton porque ele seria expulso, torci pro Pofexô fazer o que fizera no meio da semana: botar de um golpe 3 do banco. Mudar a cara do jogo. Só tirou o Aírton e botou o argentino. O jogo continuou igual. Abreu e Thiago podiam assistir do banco o restante da partida e o jogo podia ter-se desenhado diferente. O jogo que foi, não dá pra dizer que deixamos escapar a vitória. Só dá para dizer que essa porra de invencibilidade continua. Quem quer vencer tem de jogar, quem quer jogar pra ganhar tem de ousar e quem ousa tem de aguentar pressão.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

ABERTA A SEGUNDA FRENTE


Chamar o 1ºtempo de pelada é esculachar demasiadamente qualquer pelada. E os 15 primeiros minutos do 2ºtempo iam na mesma horrorosa batida. Os caras podiam jogar 90 minutos, 180 minutos, 2 dias, 3 meses e não iam fazer gol. Até que o Vanderlei quis ganhar o jogo, botou em campo o que tinha de melhor e promoveu um ataque versus defesa. R10 repetiu a jogada que só não fica manjada porque é lapidada com talento & improviso. Só que desta feita o goleirinho paranaense é quem foi cruel e impediu o Jael de mandar a bola pro fundo da rede. R10 concentrou e estufou o véu da noiva. Àquela altura 1x0 era goleada.

domingo, 7 de agosto de 2011

ALEGRIA, ALEGRIA

Foi um dos três piores jogos da série (os outros foram contra o Atlético do Paraná e contra o Botafogo). Um time imobilizado. Quase um cada um por si e Willians por todos. O 1º tempo foi de casados e solteiros, nós éramos os casados. Aí, se teve algo de razoável, foi observar com clareza as deficiências do time. Dever de casa pro Pofexô - que, no entanto, na coletiva, resolveu exorcizar o fantasma do cansaço (espero que tão-só para inglês ver e os alemão ouvir). O 2º foi melhorzinho, porque houve a atitude de dar uma prensa nos curitibanos. Botinelli melhorou o toque de bola, Diego Maurício a penetração e, água mole em coxa dura etc, etc, o gol acabou saindo. A jogada atesta os treinamentos. O gol, bonito, foi cópia do 1º contra o Grêmio. Habemos jogadas. Felipe anda repondo muito mal a bola em jogo e não é de hoje. Os laterais se apresentaram bastante pro jogo, mas ambos jogaram muito mal. Os zagueiros fizeram da zaga sua roça, bola pro alto que o jogo é de campeonalto. Muralha, o melhor jogador da Copinha, ainda não estreou. Willians foi o monstro que já nos acostumou e agora acostuma ao Ronaldinho. Abreu foi a âncora do time, pro bem (cadencia o jogo) e pro mal (cadencia demais o jogo). Deivid voltou a perder um gol i-na-cre-di-tá-vel. R10, cuja entrada em campo antecipou o Natal, deu o passe novamente magistral pra cabeçada, bela, agora não do Thiago, mas do Jael. Já é!


quinta-feira, 4 de agosto de 2011

De consistência e autoridade

A palavra que mais ouvi depois da ótima vitória contra o Cruzeiro foi consistência, seguida de autoridade. O time havia mostrado "consistência" e a vitória conquistada com "autoridade". Ainda que estivessem ali os mesmos defeitos e as mesmas qualidades que o time vem alternando ao longo deste desde já inesquecível 2011, o lugar-comum é a mais absoluta realidade. Uma vitória de time de chegada, aliás este outro lugar-comum foi usado pelo Vanderlei na coletiva depois do jogo. Inquestionável. Mais que qualquer outro lance, o lance do gol exemplifica à perfeição a um só tempo o lugar-comum e a beleza do futebol deste time. Finzinho do 1º tempo, bola nos pés do Leo Moura (ele e Thiago Neves foram os grandes nomes do jogo, R10 foi um brilhante coadjuvante). O moicano da 2 reinventa o tempo. Cadencia a saída de bola para não perder qualidade e, quando a súbita lentidão parece a opção, ele acelera e estica magnífico passe pra ponta direita. Thiago Neves dá 4 toques na bola e ganha terreno até a entrada da área mineira. O 4º toque é para a jogada primorosa de R10. O movimento simultâneo de proteger a bola e virar para o toque milimétrico que deixaria o Deivid na cara do gol. E deixou. Deivid deu na bola uma penteada com a sola do pé e ajustou o belo toque de cobertura. Bola na rede, eficiência e beleza a serviço do jogo.





terça-feira, 2 de agosto de 2011

MÃO NA TAÇA PEDE PÉS NO CHÃO


Flamengo x Grêmio nos fez colocar novamente os pés no chão. Ali estava cada um dos problemas do Flamengo, ali toda a potencialidade do time. Queremos ser campeões, devemos trabalhar e minimizar os problemas - nenhum grave. Muito bom ver o Ronaldinho imbuir-se, se não do papel de líder, mas daquele em quem todo o grupo acredita na capacidade de decisão e, pelo grupo, de fato decidir. Revejam todos os jogos do Flamengo neste campeonato: Ronaldinho decidiu pelo menos a metade. Alguns jogos com futebol de alto nível (Avaí, Atlético e América mineiros, Santos, Grêmio). E sem essa de seleção. Seleção é traje rubronegro, tem sede na Gávea e treino em Vargem Grande.

sábado, 30 de julho de 2011

O jogo que não deve acabar

Muito já se falou sobre o 5x4, no entanto é pouco. Muitas vezes já foram mostradas as imagens, o tape do jogo não pára de ser exibido na tv, o site do globoesporte não exibe simplesmente os melhores momentos mas a íntegra da antológica partida. Mas há sempre o lance novo, algo que havia passado despercebido, uma vez que a emoção traça sua própria encenação. Épico foi o adjetivo que mais ouvi e li a respeito do jogo. Épico remete à epopéia, a heróis, justamente quando se falava na desimportância do futebol brasileiro, na dúvida de o quão bom era o Neymar, na irremediável decadência do Ronaldinho. Pobre de nós e nossa imaturidade, somos um povo infantil, sempre à cata do que nos convença de que o que nos parece, deva ser. Estamos nunca à cata da realidade, mas da verossimilhança, qualquer figurinha geométrica que nos pareça razoavelmente bem montada temos o ímpeto de reproduzir. O jogo acabou, começa a ficar a lenda. Tudo que sobre ele for dito passa a ser real, uma vez que na lenda tudo cabe. Um fez chover, outro fez em plena noite o sol raiar. Foi tudo verdade. Ao jogo lendário, nada lhe pode ser aumentado. O drama, a comédia, a tragédia de quem não o viu. Ronaldinho e seu herdeiro. Ronaldinho, a síntese do esplendor do futebol brasileiro. A genialidade de Pelé, o maneirismo de Mané, a objetividade de Zico, o inacreditável repertório de dribles à Rivelino, à Canhoteiro, a inesgotável capacidade de toque de bola à Didi, à Geraldo. A intensidade, o entusiasmo com que disputou os 95 minutos do jogo da quartafeira histórica o trazem de volta ao centro das atenções, já que sua técnica, sobretudo seu irretocável estilo, estes nada ou ninguém pode furtar-lhe. Ou pode: imaginem se Ronaldinho tivesse levado o 3º cartão amarelo contra o Ceará?

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Quem já tinha visto gol de falta tão simples? Um chutinho fraco, aparentemente despretencioso, ainda que bem colocado. E se esse chutinho de nada bate em alguém da barreira? A vaia que Ronaldinho receberia, a reprovação talvez unânime. Futebol é coisa séria, a falta a um palmo da área, era só jogar por cima da barreira. Nossa sorte, rubronegros e não rubronegros, é que Ronaldinho está no degrau acima dos craques. Ronaldinho é gênio. Aquele que sabe que pode criar e, pedra de toque, cria. É preciso saber que pode tornar o sonho em realidade e preciso ousar para que isto aconteça. Ali estão toda sabedoria do toque de bola, toda a experiência de treino para ajustar o tempo, toda a malandragem de intuir o atalho, toda a ludicidade que se encontra no início de qualquer caminho para a realidade. Muito bom que o 11 alvinegro esteja ali a observar a ação do 10 rubronegro. A genialidade se aprende.














quinta-feira, 28 de julho de 2011

Agora que estou menos rouco

Flamengo 5x4 Santos, o resto é História. Quando estava 3x0 pros caras, o que impressionava era que nada parecia acabado. Não deu a vontade de mandar todo mundo à pqp e buscar outra coisa pra fazer. Vanderlei tem razão quando diz que, apesar do placar, o time estava bem. 1 gol se origina da tolice do Leo Moura e seu driblinho de gazela, outro da do Renato Abreu e sua vocação à Toninho Cerezo - o 3º gol foi uma obraprima do Neymar, não houve falha. O time nunca pareceu batido. Com o placar adverso, R10 driblou 2 e mandou rasteiro no canto, de canhota. O goleirinho foi buscar e mandou com a ponta dos dedos pra corner. Era o aviso que tinha jogo, que o que estava escrito no placar ia logo mudar. R10 chamou para si a responsabilidade. Quando o time parecia esmorecer, R10 surgia e surgia com o brilho de quem sabia o que fazer. Uma vez craque, sempre craque - exatamente como ser Flamengo. O moleque Luiz Antônio e o monstruoso Williams foram os grandes parceiros de R10 no reerguimento do entusiasmo do time. Ninguém partiu pra abraçar R10 depois do 1º gol, nem Thiago no 2º: os 2 pegaram a bola e, graves como convinha, foram botá-la na cao. Ainda tinha jogo. Ninguém teve vontade de criticar as embaixadinhas do Felipe porque todo mundo entendeu a resposta ao frustrado esculacho do Elano. Era parte do jogo. No 3º, o de empate, era para vibrar, mas o Deivid pediu pra não comemorar. O cabeçudo é doido. Será que não passou pela cabeçorra do Deivid que o Ibson ia esmurrar o ar caso fizesse um gol naquela altura dos acontecimentos? Parece que o Deivid e realidade não foram ainda apresentados um ao outro. Se o 1º tempo foi uma queda de braço entre R10 e Neymar, o 2º foi tão-só de R10. O problema foi o número de pagantes, 12 mil. Era jogo pra 50 mil, pra Pacaembu, pra Morumbi. Da mesma forma que provoca ímpeto assassino lembrar que não há Maracanã. Um Maracanã repleto capaz de a um só tempo proporcionar e se arregalar com uma festa para e de R10. O magnífico futebol brasileiro é capaz de enriquecer nosso repertório de beleza e de enriquecer os filhos da puta que o dirigem.

o único gênio em atividade no futebol

domingo, 24 de julho de 2011

VAI UM GORÓ AÍ?

Quem discute com bêbado já perdeu a discussão. O Pofexô mal viu o jogo porque alguma coisa que ele ouviu do bêbado lá em cima incomodou muito. O que muito incomoda esconde alguma verdade. E a verdade no jogo de ontem (em casa, mas lá longe) foi cristalina: o pofexô errou pra kct! Diego Maurício estava mal, mas sua presença e força em campo eram notadas. Quando saiu, o time nordestino entendeu o recado: abdicamos da força ofensiva. O Pofexô emasculou o time, deixando-o sem penetração. Só o joguinho viado de bolinha pra um ladinho e pro outrozinho. Claro que alguém precisava entrar no jogo e que alguém precisava sair. O nome era Botinelli. Sua presença não era notada em campo, a não ser pelo cara que fica anotando os erros do time. Só errou o argentino. Quando saiu, o Pofexô preferiu não ouvir a galera, já que só escutava o bêbado do andar de cima e o Adryan não entrou. O 1º tempo do time não foi grande coisa, mas houve atitude, posse de bola, suor. O 2º houve a empáfia do fraco que acha que já ganhou algo que só está no meio. Welinton foi vaiado pra caramba, embora 2/3 dessa vaia devia ser creditada ao Leo Moura. Cobrir o Leo Moura é atividade incessante, cansativa. O cara é lateral e se esconde da obrigação de marcar. Por vezes eram o Williams e o Luiz Antônio que iam marcar o lateral e o atacante nordestinos que caiam pela esquerda. Os caras só faziam jogo em cima do Leo Moura. A desculpa do moicano da 2 era ser peça imprescindível de ataque. Não mais. O cara virou uma nulidade. Mas o Pofexô não estava concentrado naquele jogo. Uma purrinha de bêbados talvez fosse melhor acompanhada pelo Pofexô. Tantos anos de janela e o Pofexô ainda sente ânsia de vômito na viagem. Não sei se há remédio pro time, pro Pofexô é dramin ou engov.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

ÉTICA É AZEITONA NA MINHA EMPADA

A bola é disputada entre Júnior César e um grandalhão de verde. O grandalhão cai em cima do lateral baixinho, que se contorce de dor. O lance segue, a posse de bola do Flamengo. Sua Senhoria interrompe a sequência da jogada para que o lateral seja atendido. No bola ao chão subsequente o Kleber dispara com a bola e, na cara do gol, dá um chute tão equivocado quanto sua idéia. Fairplay e goal são termos ingleses. Na Copa de 2006, na partida entre Portugal e Holanda, a bola estava com o Deco. Um português caíra e Sua Senhoria interrompeu a sequência da jogada. No bola ao chão subsequente, um holandês partiu pro jogo. Não teve muito tempo porque o tempo fechou. Felipão, técnico dos portugueses, ficou indignado com a ausência de fairplay. Xingou, sapateou, queria briga. Ontem, técnico do time de Kleber, Felipão não se indignou, nem xingou, ou partiu pra briga. Afinal, fairplay e goal são termos ingleses, ética funciona bem para os outros. A esperteza não pune. Caráter é algo distante das 4 linhas, especialmente fora das 4 linhas. Felipão é o cara que foi flagrado por um microfone aconselhando seu time a exercer o fairplay nos calcanhares dos adversários. Kleber não precisa de conselho algum. Está no lugar certo. Tem espírito de porco.

domingo, 17 de julho de 2011

I read the news today oh boy

Alex Silva. Bom zagueiro, com algumas características absolutamente rubronegras. O negócio já teve para acontecer, mas foi adiado. Parece que agora vai. Quem espera a reedição do milagre Fábio Luciano pode começar a torcer, mas o tipo de química que rolou entre Flamengo, o saudoso capitão e a galera é algo muito difícil. De toda forma, é pôr Jorge Ben Jor pra rodar: os alquimistas podem estar de plantão.

A Globo adiantou uma grana e a briga de foice começa a se instalar na Gávea. Vice-disso, presidente-daquilo, Capitão Léo, Sargento Garcia, Levy-que-não-é-Strauss, Veloso-que-não-é-Caetano, o pau comendo na casa de Noca. Vagner Love um não quer, Kléber outro vetou, bóra tentar o André, a farra dos empresários começa a oferecer um aqui, outro ali, Amauri lá longe. Parte da Gávea cabe inteira em Bangu. Não importa se I,II ou III.

Enquanto isso nossa Patricinha escondidinha, à espera das eleições que se avizinham. Não sei se ela tem preferência pelo Love ou por Brasília, mas o que vale é não se queimar. Afinal, somos milhões de votos.

O desmonte do time campeão da Copinha já começou. Bye gêmeos Alex e Anderson. Façam suas apostas. A minha é que em 3 meses o último saiu sem apagar a luz. E esta conta, como sempre, a galera paga.

terça-feira, 12 de julho de 2011

ECOS DO FLAFLU

O problema mais grave continua a ser a saída de bola. Leo Moura, durante bom tempo a única saída, erra tudo quanto tenta. A esta escolha equivocada de jogada os comentaristas profissionais chamam de "má fase". Pois é, recorramos ao clichê, Leo Moura está em má fase. Ainda bem, mas nem tanto, que na outra lateral já parece haver algum sinal de vida inteligente: Júnior César vem dando alguma opção de jogo. Na meiúca, ali onde a maior parte do jogo transcorre, um rumoroso silêncio. Ninguém é capaz de tocar uma única bola de primeira. Ali o jogo fica lento ou morre. É necessário R10 recuar para que se crie alguma coisa. Outro fato que contribui para essa absoluta falta de opção de jogo é o time achar que é melhor do que de fato é. Um toca pro outro, quando acerta o passe, e parece que se livra da incumbência de continuar a jogada. Dificilmente se coloca para receber de volta a bola e fazer o jogo evoluir. Um exemplo no Flaflu que foi a um tempo hilariante e irritante: Thiago Neves na intermediária pela direita tocou pro Leo Moura e deu as costas pro lance, foi lá para algum canto da área onde achou que a jogada o pegaria adiante, deixando o moicano da 2 contra o marcador e a consequente cobertura, ou seja um incômodo 2 contra 1 e Thiago lá adiante aguardando o Leo resolver a parada.




segunda-feira, 11 de julho de 2011

FLAFLUS SÃO UM AI, JESUS!

Toda vitória deve ser celebrada, mesmo as conquistadas como time pequeno feito ontem no Flaflu. 3 pontos são mais importantes do que qualquer corneta. Até porque fomos eliminados da Copa Brasil jogando melhor, bem melhor que o adversário. Em futebol não há merecimento, há vitória e na vitória no jogo de ontem salvaram-se poucos: Felipe com boas defesas, apesar do estilo espalhafatoso; o Júnior César pela esquerda, o Negueba pela direita; R10, que continua sendo a única opção de lucidez no ataque. Leio por aí que o R10 vive de lampejos. Tenho vistos os jogos errados, nos que vejo o Thiago Neves é quem vive de lampejos. Ontem teve um único, melhor pra todos que no lance capital da partida (como já fora no jogo anterior). Por ora é comemorar. Flaflu é Flaflu, sem viceversa.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

GOLAÇO! GOL DE TIME!

Leo Moura estica adiante na direita pro Negueba, que faz menção de matar a bola mas a deixa seguir até a linha de fundo. 3 bambis cercam o R10, agora centro-avante, dentro da área. Thiago Neves se desloca com rapidez pela meia direita atraindo seu marcador, um dos que marcavam o R10 e, como a posição era muito boa pro chute, outro que vigiava o Botinelli. Thiago vê atrás de si o argentino entrando na área e faz o inesperado corta-luz. O argentino, livre, tem o tempo suficiente para chutar bonito, rasteiro, no canto esquerdo do Ceni. O goleiro fez o que todos nós fizemos: olhou e torceu. Só que a nossa torcida era a favor do golaço. O Ceni merecia outro frango, mas ficou de bom tamanho assistir ao golaço do gringo.

sábado, 2 de julho de 2011

ABERTO PRA BALANÇO

O semestre ficou para trás. Foram 33 jogos: 2 amistosos na pré-temporada oficial, 9 jogos na pré-temporada oficiosa que atende pela simpática alcunha de Taça Gb, 10 jogos pelo returno do campeonato estadual simultaneamente a 5 jogos pela Copa BR e 7 jogos pelo iniciante Campeonato Brasileiro. Tão somente 1 derrota. E o considerável número de 9 empates. Nestes 33 jogos houve 9 clássicos (Botafogo, Vasco, Fluminense, Corinthians, Atlético MG). 2 conquistas: a Taça Gb e o consequente campeonato carioca, desta feita invicto. Os números são mais que razoáveis, o efeito destes némeros nem tanto. Houve momentos que o time se comportou como um time de fato e exibiu um futebol vistoso e eficiente. Passou cornetado a maior parte do tempo. O céu e o inferno são vizinhos. Felipe, Leo Moura, Williams, Thiago Neves e R10 tiveram algum destaque. Também houve destaques negativos. Entre um e outro o Abreu, líder natural do elenco. 4ªfeira o outro semestre se inicia. À luta, pois.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

TEM VEZ QUE O TALENTO PRECISA DO SUOR

Alguns jogadores são bons, o time ainda não. Fazer 1x0 no início da partida foi a senha pro time não querer jogar, ficar cozinhando o adversário em banho maria. Só que o adversário queria jogo e, mesmo precariamente, corria pra caramba. No Flamengo só o Williams corria. Às vezes o Júnior César lá pela esquerda. Thiago Neves também corria, sabe-se lá por quê ou pra quê. Foi impressionante ver no 1º gol contra, a linha de 5 jogadores rubronegros paradões, aguardando que a zaga resolvesse a encrenca. À frente dessa inacreditável linha de 5, 4 jogadores do Ameriquinha-MG pressionando o Angelim. Depois, ou mesmo antes, cada falta pros caras era um perigo contra nós. Foi preciso botar quem queria correr. De novo, Negueba. Correu pra caramba. Inaugurou a faixa do campo que o Leo Moura agora não mais pisa. Leo Moura parece ter visões: uma placa de não pise na grama lá no fundo do campo. Agora ele é ala-armador, deixa o trabalho sujo da linha de fundo pro Negueba, seu secretário particular do 2º tempo. Ronaldinho fez dois belos gols, no 3º e mais bonito levou azar. Thiago fez uma única, mas bela jogada. Deivid foi ok. Botinelli entrou muito bem, numa substituição questionada do Pofexô, cujo resultado lhe deu toda razão. Tanto as falhas quanto o potencial do time são claros. O resto é trabalho. Arregaça as mangas e encurta o verbo, Pofexô!






domingo, 26 de junho de 2011

2ª VITÓRIA, 2ª GOLEADA

O 1º tempo não foi bom. À exceção de Ronaldinho Gaúcho, que exibia alguma lucidez, e ao bom jogo dos laterais, embora Leo Moura teimasse em não abrir pelo fundo do campo, o time ia mal. Depois do jogo o Vanderlei ironizou os jornalistas afirmando que os 2 tempos foram muito bons. No 2º tempo, a partir dos 17 minutos quando Ronaldinho cabeçeou com perigo, obrigando o goleirinho deles a se esticar e mandar pra corner, o time imprensou o adversário e jogou um futebol de muito bom tamanho. Negueba botou fogo no coreto, os laterais continuaram a jogar bem e Ronaldinho mandou ver. Na saída fez outro gol: com a elegância habitual, driblou os jornalistas ("não tô podendo respirar direito, mal dá pra falar", disse enquanto levava a mão à altura do peito, onde sofrera uma contusão). Isso aí. Se neguinho quer destruir a imagem do cara, que não contem com ele para a torpe empreitada.


domingo, 19 de junho de 2011

EMPATITE TIPO B

Analisar este jogo a partir da desvantagem numérica é mascarar as muitas deficiências do time. Jogava mal quando eram 11 contra 11, jogou mal quando ficou reduzido a 10. Jogar mal domingo a domingo é que é o x da questão. O Felipe esteve bem. O time começou e acabou aí. Leonardo Moura fez apenas uma jogada ofensiva e foi muito mal defensivamente. O Abreu me lembra uma boa sacada do Luis Fernando Veríssimo a respeito do Toninho Cerezo: seus movimentos parecem de 2 anões, um em cima do outro, cada um tentando correr numa direção. Cabe feito luva no Abreu. Thiago Neves corre mais do que precisa e produz menos do que deve. Há vezes que parece uma barata tonta. Ronaldinho se arrasta em campo. É possível que seja questão de fuso horário. 4 da tarde, pro Ronaldinho, equivale a 4 da manhã para nós outros. O Williams foi quem mais apareceu defensivamente e, porque procura o jogo o tempo todo, quem mais apareceu também ofensivamente. Joga de 1º volante, meia direita, lateral direito, 2º volante, armador, finalizador. Dá a entender que não foi somente o Botinelli o único que saiu mais cedo. Sobre o Botinelli cabe registrar que o time jogará reforçado de sua ausência na próxima partida.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

DE EMPATE EM EMPATE RUMO À PARTE INFERIOR DA TEBELA

Desta vez ninguém jogou bem. Quem vem jogando melhorzinho entrou na onda do restante do time. Felipe deu pra engolir uns estranhos gols de falta, além de andar repondo muito mal a bola em jogo. Leonardo Moura igualou na parte ofensiva sua notória deficiência defensiva. Willians é o que mais rouba bola e o que mais falta faz, uma coisa tira o mérito da outra. Abreu encontrou sua melhor posição no time, mas não é a melhor posição para o time. Botinelli consegue ser mais lento que o Abreu. Thiago Neves parece que vai engrenar a maldição dos convocados que voltam da seleção: lembram do Juan? Ronaldinho está sem arrancada e jogando um feijão com arroz sem condimento. 4 'jogos, 3 empates. Dos 4 jogos, 3 foram contra times que estão na rabeira da tabela. Não sei se o Pofexô vai mudar. Com o frio pode voltar ao Armani.

terça-feira, 7 de junho de 2011

A DEFESA DA DEFESA NÃO É NECESSARIAMENTE UM ATAQUE

Nenhum dos zagueiros do time é bom. O melhor está no banco, o Ronaldo Angelim. Angelim tem contra si a idade e a estatura. Compreende-se por que o Vanderlei não efetiva o Angelim, prefere zagueiro com estatura e virilidade de zagueiro. Ok, vida que segue. Welinton tem a idade e a estatura ideais, mas nenhuma intimidade com a redonda. David Braz tem alguma intimidade, além da idade e da estatura, mas tem também a indecisão que zagueiro não pode, não deve ter. A princípio não formam uma zaga ruim. O que a torna ruim é a exposição a que sempre está submetida. No time apenas o Williams tem a responsabilidade da retomada de bola. É o únco do meiocampo que marca. Contra a gambazada no domingo, o lateral deles partiu pra cima do nosso e driblou com a facilidade com que se rouba bala de criança. Veio correndo na cobertura o Williams, e quase chega! Não conseguiu evitar o cruzamente nem o gol. Onde estava o outro volante, o volante pela esquerda? Pois é. Difícil para qualquer defesa. Rondinelli e Mozer, 2 dos melhores zagueiros do Flamengo, também teriam grandes dificuldades. Defesa é mais esquema do que nomes. Odvan foi convocado pelo Vanderlei para ser beque de seleção, lembremos.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

O português é pouco para explicar o muito que Pet representa para a Nação

Jogo absolutamente atípico, em que o melhor houve no intervalo. Pet, nosso sérvio de estimação, autor do mais memorável gol da história do futebol, dividiu com todos os rubronegros sua visível emoção com a despedida das quatro linhas. O que houve antes e o que houve depois foi pouco. Antes, um golaço em que o Abreu prestou a mais sincera homenagem ao Pet. Depois, a certeza de que sem saída de bola e sem meiocampo R10 vai ter função dupla e, como falta centro-avante, em verdade tripla. Nada que não possa fazer. O problema é que o desempenho fora dos gramados tem sido tão mais interessante que R10 anda aquém de o que pode fazer. Ainda assim R10 foi o melhor do jogo - o que, por si, fala o quão ruim o jogo foi.




domingo, 5 de junho de 2011

quinta-feira, 2 de junho de 2011

QUEM NÃO QUER JOGAR NÃO GANHA O JOGO

No último domingo, na Bahia de todos os santos, o time exibiu a um tempo alguma consistência (posse de bola, capacidade ofensiva) e muita fragilidade (inadmissível de uma falta a favor com perigo de gol resultar em gol adversário). Ninguém jogou bem. A melhor atuação foi a de Egídio, e talvez se deva dizer que o único a jogar bem foi o Egídio. O razoável foi que, mesmo sem jogar bem, o time não perdeu. O problema foi que, ao virar o placar, o time abdicou do jogo. Ficou tocando bolinha para trás. O Abreu e o argentino não tocaram uma bola sequer pra frente. O time, podendo aumentar o placar, tentou "administrar" o resultado. Houve MEDO de não ganhar o jogo que parecia ganho. A culpa, sim: que sempre há de haver algum culpado, recaiu sobre o Fernando. Fato é que o Rincón de Luxemburgo entrou e continuou a disposição do time em tocar pra trás; fato é que errou a maior parte dos passes que tentou. Mas daí a levar a culpa pela disposição de passividade do time é outra história. O Thiago Neves saiu de campo pê da vida e esbravejando que o time não podia levar tanto gol bobo assim. Logo ele, Thiago Neves, talvez o pior em campo. O Neves lutou muito, mas produziu muito pouco. Devia inserir sua brava pessoa no rol dos culpados. Mas autocrítica jogador não faz no seu parquinho, só cabe no parquinho do vizinho. Dois pontos jogados no lixo, dois pontos que farão falta.