segunda-feira, 29 de agosto de 2011

DE E SOBRE NÚMEROS

Foi o 9ª empate, o 3º sem gols, a completar uma série de 4 jogos seguidos sem vitória. Dos problemas o maior continua intacto. O time não tem saída de bola porque falta qualidade ao meio-campo e, sobretudo, por ser um time estático. Ter a bola significa fazer alguma coisa objetiva com ela. O meio-campo toca de lado até o providencial toque pra trás que inexoravelmente resulta no chutão pra frente e pro adversário. Quem melhor trabalhou no meio foi o moleque Luiz Antônio. Há uma estatística que aponta o Abreu como o melhor passador de bola. Em estatística conta-se passe de meio metro pro lado ou pra trás. Vale tanto quanto o que o cachorro deixa no poste. Os erros de passe do Abreu deixam a torcida de joelhos orando pela intervenção de São Judas Tadeu. Botinelli é uma ausência que preenche lacunas. Falta o que ao argentino: personalidade, tesão ou tão somente futebol? A cada jogo fica claro que Leo Moura já era como lateral. Jr César tem o vigor que falta ao moicano da 2, sem a inteligência de jogo do Leo. O jogo só flui quando a bola chega no R10. Mas aí encontra o Deivid. Uma nulidade o Deivid. Jogar com o argentino e o Deivid é jogar com 2 a menos. Ontem, com 2 a menos um tempo inteiro, o Welinton resolveu arredondar a conta e aumentar o tempo. Jogamos mal o 1º tempo e, com Negueba, demos um jeito de equilibrar as coisas no 2º. Se Negueba equilibrou o jogo, poderia tê-lo desequilibrado: em 2 ou 3 lances se faz a escolha certa, e a escolha certa passava pelo R10, teríamos tido uma vitória maiúscula. O que foi não dá para dizer que foi um mau resultado. Nem bom. A registrar a imensa torcida pela recuperação do Ricardo Gomes. Nunca é demais lembrar que trata-se do melhor dentre os novos técnicos.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

R10, Negueba, frio e TV

Já estava esquecido de como é engraçado acompanhar jogo pela tevê. De como têm sido chatos os jogos do time sem R10 não esqueci. No 1º tempo éramos tão inofensivos que os caras só fizeram uma única falta e se jogassem sem goleiro não faria qualquer diferença contra eles. Havia o Negueba e a velocidade do Negueba na frente, um trio razoavelmente seguro atrás (Felipe, Gustavo Freezer, Alex Silva) e a certeza que haveria pelo menos meia hora de jogo no 2º tempo. Ali pelos 15' entrou R10 e as coisas tornaram a entrar nos eixos. Antes do R10 entrar, entrou o Willians e logo esticou um passe na esquerda pro Abreu, que cruzou a bola paralela à linha da área. Não é sobre como o Jael rapidamente se igualou ao Deivid o motivo do papo, mas a afirmação do comentarista de arbitragem (cada coisa que inventam, São Judas Tadeu nos livre!) da Globo, Zé Roberto Wrong. Ele não confia em árbitro, não confia em bandeirinha, não confia nem no que vê - já que precisa ver outra vez, mais outra, pede bis e o recurso tecnológico que o ajude a entender o que se passou. Foi óbvia a validade do lance, mas o Wrong cismou com o pé do Jael. Ele teve a impressão que o pé do Jael só tinha à sua frente o goleirinho paranaense. Imagino esse cara apitando. O jogo devia durar 3 dias, 9 horas e 47 minutos. A sobriedade e segurança do Júnior nos comentários são meras coadjuvantes diante da patetice grave, mas hilariante, de Sua ex-Senhoria Wrong.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

TUDO COMO DANTES

Em 2º estávamos, em 2º estamos. A diferença, que colocou tudo nos eixos, foi a volta de R10 - diferença que, mais do que evitar a derrota, cria a oportunidade da vitória. Exatamente como o jogo em Floripa, quando vencíamos por 2x1, R10 criou magnífica oportunidade pro 3º gol, de cabeça, e a perda foi lamentável, quando vencíamos por 2x1 em Poa, R10 criou magnífica oportunidade pro 3º gol, de cabeça, e a perda foi mais uma vez lamentável. Dos coadjuvantes, Felipe desta vez foi bem, da mesma forma o Alex Silva; Leo Moura voltou a jogar mal, quase tão mal quanto o Willians. Depois do 1º gol dos gaúchos, o Renato quase expulsou Sua Senhoria porque, em vez do claríssimo tiro de meta, o do apito marcou tiro de canto. Sua Senhoria poderia ter reclamado do inacreditável passe errado do Abreu, que resultou no lance da reclamação do Abreu. Não dá pra dizer que deixamos escapar pelos dedos a vitória, como insinua o Vanderlei. Mesmo com 10 os caras corriam mais do que nós, pareciam com mais tesão pelo jogo do que nós. A armação do nosso jogo passava pelo moicano da 2, pelo argentino e pelo Abreu. Ou pior, não passava. R10 teve de desdobrar-se em variadas funções pro gol, pros gols, sair, sairem. Tudo exatamente como antes.






sábado, 20 de agosto de 2011

FLAMENGO É FLAMENGO E VICE-VERSA

O jogo de meio de semana foi o de vice-versa. O jogo contra o Santos foi de sonho, contra o Atlético Goianiense foi de pesadelo. O time não é exatamente um nem outro. O jogaço contra o Santos redimensionou o time aos olhos de todos e, sobretudo, ao seus próprios olhos. O time passou a se achar melhor do que de fato é. O jogo atípico contra o Santos e a subida de produção do jogo do Ronaldinho deram a medida da qualidade do Flamengo. Irreal. É necessário acordar para a medida real deste time se estivermos a fim mesmo de ser campeões. Não há time algum melhor do que o nosso. Há mais arrumados, há mais compactados. Nossos problemas são muitos, nenhum grave. Mas é preciso atenção sobre eles, é necessário treinamento para minimizá-los. Nada de novo, todo mundo sabe quais são. Felipe tem saído muito mal do gol, tem reposto muito mal a bola em jogo. Leo Moura só produz se tiver com quem dialogar, foi o Negueba, chegou a ser o Fierro, sem isso torna-se uma nulidade. Angelim decai de produção, não apenas o peso da idade, mas a falta de quem comande a zaga. Welinton é um monstro de saúde, tem algumas qualidades, nenhuma que impressione - talvez precise amadurecer, mas não necessariamente neste time. Lembro de alguns jogadores que foram emprestados e voltaram prontos, Andrade é o melhor exemplo. Jr César tem contra si a estatura, a passada curta, facilmente alcançada pelo adversário: não, não é falta quando o cara de lado num quase carrinho tira com facilidade a bola dele, que invariavelmente se atira no gramado (quando há grama, esse artigo cada vez mais raro nos campos brasileiros). Williams é um exímio volante de desarme, Aírton um exímio marcador, esperar deles armação de jogo, como na última partida, é um absurdo inominável. Abreu é por temperamento o líder do elenco, mas seu futebol é lento feito um videotape dos anos 50, além de sua irregularidade nos passes ser um risco a cada jogo. Thiago Neves jogou mais no Flu do que joga no Fla. Só que jogar no Fla dá outra dimensão à qualidade do jogo. Thiago virou selecionável rapidamente. É um bom jogador que o Fla redimensionou. Deivid teve uma melhora considerável, mas insuficiente. Não tem arranque, não tem capacidade de drible (alguém já viu um drible do Deivid?), não tem velocidade. Jael é a reedição do Vanderlei, que há pouco meteu o pé. Quando será a vez do Jael, que um dia já foi o Josiel, meter o pé também? Botinelli é o cara comprado sabe-se como, mostra alguma qualidade, nenhuma significativa, mostra alguns defeitos, nenhum grave. Um banco que talvez haja similar em casa. Fierro é o jogador que todo técnico gosta: joga pouco, mas com muita vontade; joga pouco, mas não reclama nunca; joga pouco, mas só joga taticamente. Sobra Ronaldinho. Ronaldinho é Ronaldinho. Vanderlei sabe das coisas ainda. Essa pressa bem brasileira com que se desqualifica é igual a outra que tão rapidamente qualifica. Erra como todo técnico, e errou feio na última 5ªfeira, como todo técnico acerta, e Vanderlei acerta mais do que em média os outros técnicos. Fica claro que não descobriu a melhor maneira de montar o time com esses jogadores. Encontrou um jeito que depende demasiadamente do talento do Ronaldinho - e para isso, sejamos razoáveis, não precisa quebrar a cabeça para arranjar tal jeito. A constrangedora goleada serve para fazer o grupo aterrizar, botar os dois pés no chão, arregaçar a manga nos treinamentos. Conscientizar-se que joga a mesma medida que os outros jogam. Nada mais, nada menos.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

PRA PERDER A VIRGINDADE, DE 4 É MELHOR




CIRCO DOS HORRORES

Que dizer de um jogo desses? Melhor puxar parte do parágrafo inicial sobre o jogo anterior. "Time que quer ganhar do Flamengo já aprendeu o caminho das pedras: povoar a meiúca e marcar em cima, o problema é que o Ronaldinho não está deixando o time perder". Pois é, desta feita não teve o Ronaldinho. Teve 3 zagueiros e 2 volantes. O time entrou em campo com a cabeça adiante, talvez no jogo contra o Inter, ou o Vasco, ou mais adiante ainda, no jogo contra o Corínthians em que a lideança seria decidida. Enquanto isso o time de Goiânia entrou com medo de perder, mas entrou para jogar aquele jogo. O Pofexô tinha ou não confiança em quem tinha de dar confiança à defesa? Por via das dúvidas escalou 3 zagueiros. Os 2 volantes são os de sempre, o centro avante que se vire lá na frente. Sem Ronaldinho. Nos cálculos do Pofexô, os 3 zagueiros deviam liberar os ataques dos laterais, ou alas, sei lá como ele os chama em seus desenhos táticos. Leo Moura foi novamente um arremedo de jogador, Jr César fez do chuveirinho da intermediária seu repertório monocórdio. A teoria na prática foi o horror. Felipe anda nos acostumando a saídas inacreditáveis: ontem, com a bola fazendo a curva para fora da pequena área, lá estava nosso goleirinho espalhafatoso a meio caminho entre o nada e coisa nenhuma. O meio-campo foi a arena onde a absoluta ausência de inteligência desfilou suas aberrações. A criatividade do Botinelli é uma cópia xerox. O cara passar 90 minutos sem acertar uma jogada sequer é papo para Guinness. Até lateral o argentino bisonhamente errou. Thiago Neves dá a impressão que não consegue pensar e correr ao mesmo tempo, o problema é que ele corre o tempo todo. Deivid, se o considerarmos um zagueiro do adversário, até que levou jeito. O Pofexô errou feio, o time todo errou feio e nós, os palhaços, erramos feio em nosso cálculo de ir àquele circo pavoroso de Engenho de Dentro.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

ECOS DO JOGO EM FLORIPA

Está virando tabu flamengo falar de arbitragem. Arbitragem é parte sig-ni-fi-ca-ti-va do jogo e deve obviamente ser comentada. Os caras são, em geral (e arquibancada também), fracos pra kct. Têm de ser olhados com o rigor que se olha um jogador coadjuvante. Os erros apontados com clareza e autoridade - exatamente como o erro de uma dessas barangas que vestem uniforme de time grande e se exibem com futebol de time de 3ª divisão. Chorar resultado é coisa que flamengo não faz. Nossa cultura é outra. 2 + 2, na Gávea, sempre são 4. Em um jogo de menos de 40 faltas, quase meio a meio (foram 20 x 18), um lado receber 6 cartões amarelos e o outro nenhum provoca um evidente espanto. Que critério foi usado? Violência não houve. Critério, no Brasil, é matéria subjetiva. Um deixa o jogo correr, outro pára o jogo todo o tempo; um é comedido na palavra e nos gestos, outro é eloquente e fanfarrão. O juizinho careca de domingo passado é fraco. Um mau árbitro. Ninguém tem aquela cara impunemente. Se entramos no movediço terreno da psicanálise, dele saiamos logo. É o tipo de "autoridade" que fala o que quer, e geralmente tende a querer muito, e não gosta de ouvir coisa alguma (todos temos boas histórias sobre Suas Senhorias, confere?). O careca é o tipo do cara que provoca uma reação para depois punir esta reação que provocou com a sua autoridadezinha de aluguel. A mesma performance da Autoridade que me leva ao ítem abaixo.

O lateralzinho de time menor que o Flamengo conduziu à seleção na época em que seleção era para os maiores. Na coletiva exerceu seu direito de comentar a parte do jogo que lhe interessava. Todos os "professores" assim o fazem. Mas foi além. Disse que já esteve lá e sabe que queremos o poder. O cara lembra o que o Embaixador Talleyrand disse dos Bourbons quando esses voltaram ao poder depois da queda de Napoleão: "não aprenderam nada, não esqueceram nada". O professorzinho lá deles deu-nos há pouco a mostra de o que entende por poder. Lembremos, ainda que com sarcasmo, sua atuação como braço direito do Dunga na fracassada Copa de 2010. Nosso poder é de outra substância. Nossa grandeza é que confere o caráter de nosso poder. Não o vão poder de mandar e desmandar como performance. Nosso poder foi consubstanciado no tempo, se fez tradição. O poder desses caras se impõe na canetada, no rabo preso com o mandantezinho da hora. Nossa força vem exatamente do que não é imposto. Repetimos com o Corisco daquele filme do Gláuber, "mais fortes são os poderes do povo".

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

A VALSA IMÓVEL DOS LÍDERES: DOIS PRA LÁ, DOIS PRA CÁ

A tabela ficou como estava. Foram 3 resultados iguais dos 3 times que lideram o campeonato. A mesmice foi também a tônica do Flamengo: a mesma qualidade (R10) e o mesmo problema (saída de bola). Time que quer ganhar do Flamengo já aprendeu o caminho das pedras: povoar a meiúca e marcar em cima, o problema é que Ronaldinho não está deixando o time perder. A criação do time passa pelo R10. Os 2 gols lá em Floripa foram de responsabilidade do R10. Ok que nos 2 gols contra houve falhas, no 1º a falta de atenção do Angelim em se adiantar antes do passe, no 2º o erro de cálculo do Felipe, mas o time não conseguia reter a bola na frente. Abreu joga pros lados ou pra trás, o que resulta em chutão do Welinton e bola recuperada pelo adversário. Thiago e Leo Moura não estiveram bem (aliás, não estão bem). Airton e Williams correm contra a multidão que povoa o meio-campo dos caras. Em momento algum o jogo se desenhou favorável. E talvez essa porra de invencibilidade já esteja pesando. O descontrole emocional do time só pode ter essa explicação. Sua Vigarice de Amarelo não pareceu de má fé. É tão-só um mau árbitro. Errou faltas contra nós, não deu cartão pros caras quando mereceram (lembro uma segurada feia na camisa do Abreu), mas nada que já não houvesse acontecido antes. O time parecia de crianças mimadas. Ganhar na casa do adversário é pressão. Ganhar campeonato feito pra time de presidente-amigo ganhar é pressão. Flamengo é nadar contra a corrente. Ferre-se Sua Vigarice de Amarelo. Errou pra caramba, mas o negócio da gente é outro, é partir pro confronto, é acertar e ganhar, sem choro nem vela. Se o Thiago faz o fácil gol de cabeça que perdeu depois que o R10 o deixou frente a frente com o goleiro, ninguém ia lembrar de Sua Vigarice Careca. Quando o R10 deu a dica pro Vanderlei tirar o Aírton porque ele seria expulso, torci pro Pofexô fazer o que fizera no meio da semana: botar de um golpe 3 do banco. Mudar a cara do jogo. Só tirou o Aírton e botou o argentino. O jogo continuou igual. Abreu e Thiago podiam assistir do banco o restante da partida e o jogo podia ter-se desenhado diferente. O jogo que foi, não dá pra dizer que deixamos escapar a vitória. Só dá para dizer que essa porra de invencibilidade continua. Quem quer vencer tem de jogar, quem quer jogar pra ganhar tem de ousar e quem ousa tem de aguentar pressão.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

ABERTA A SEGUNDA FRENTE


Chamar o 1ºtempo de pelada é esculachar demasiadamente qualquer pelada. E os 15 primeiros minutos do 2ºtempo iam na mesma horrorosa batida. Os caras podiam jogar 90 minutos, 180 minutos, 2 dias, 3 meses e não iam fazer gol. Até que o Vanderlei quis ganhar o jogo, botou em campo o que tinha de melhor e promoveu um ataque versus defesa. R10 repetiu a jogada que só não fica manjada porque é lapidada com talento & improviso. Só que desta feita o goleirinho paranaense é quem foi cruel e impediu o Jael de mandar a bola pro fundo da rede. R10 concentrou e estufou o véu da noiva. Àquela altura 1x0 era goleada.

domingo, 7 de agosto de 2011

ALEGRIA, ALEGRIA

Foi um dos três piores jogos da série (os outros foram contra o Atlético do Paraná e contra o Botafogo). Um time imobilizado. Quase um cada um por si e Willians por todos. O 1º tempo foi de casados e solteiros, nós éramos os casados. Aí, se teve algo de razoável, foi observar com clareza as deficiências do time. Dever de casa pro Pofexô - que, no entanto, na coletiva, resolveu exorcizar o fantasma do cansaço (espero que tão-só para inglês ver e os alemão ouvir). O 2º foi melhorzinho, porque houve a atitude de dar uma prensa nos curitibanos. Botinelli melhorou o toque de bola, Diego Maurício a penetração e, água mole em coxa dura etc, etc, o gol acabou saindo. A jogada atesta os treinamentos. O gol, bonito, foi cópia do 1º contra o Grêmio. Habemos jogadas. Felipe anda repondo muito mal a bola em jogo e não é de hoje. Os laterais se apresentaram bastante pro jogo, mas ambos jogaram muito mal. Os zagueiros fizeram da zaga sua roça, bola pro alto que o jogo é de campeonalto. Muralha, o melhor jogador da Copinha, ainda não estreou. Willians foi o monstro que já nos acostumou e agora acostuma ao Ronaldinho. Abreu foi a âncora do time, pro bem (cadencia o jogo) e pro mal (cadencia demais o jogo). Deivid voltou a perder um gol i-na-cre-di-tá-vel. R10, cuja entrada em campo antecipou o Natal, deu o passe novamente magistral pra cabeçada, bela, agora não do Thiago, mas do Jael. Já é!


quinta-feira, 4 de agosto de 2011

De consistência e autoridade

A palavra que mais ouvi depois da ótima vitória contra o Cruzeiro foi consistência, seguida de autoridade. O time havia mostrado "consistência" e a vitória conquistada com "autoridade". Ainda que estivessem ali os mesmos defeitos e as mesmas qualidades que o time vem alternando ao longo deste desde já inesquecível 2011, o lugar-comum é a mais absoluta realidade. Uma vitória de time de chegada, aliás este outro lugar-comum foi usado pelo Vanderlei na coletiva depois do jogo. Inquestionável. Mais que qualquer outro lance, o lance do gol exemplifica à perfeição a um só tempo o lugar-comum e a beleza do futebol deste time. Finzinho do 1º tempo, bola nos pés do Leo Moura (ele e Thiago Neves foram os grandes nomes do jogo, R10 foi um brilhante coadjuvante). O moicano da 2 reinventa o tempo. Cadencia a saída de bola para não perder qualidade e, quando a súbita lentidão parece a opção, ele acelera e estica magnífico passe pra ponta direita. Thiago Neves dá 4 toques na bola e ganha terreno até a entrada da área mineira. O 4º toque é para a jogada primorosa de R10. O movimento simultâneo de proteger a bola e virar para o toque milimétrico que deixaria o Deivid na cara do gol. E deixou. Deivid deu na bola uma penteada com a sola do pé e ajustou o belo toque de cobertura. Bola na rede, eficiência e beleza a serviço do jogo.





terça-feira, 2 de agosto de 2011

MÃO NA TAÇA PEDE PÉS NO CHÃO


Flamengo x Grêmio nos fez colocar novamente os pés no chão. Ali estava cada um dos problemas do Flamengo, ali toda a potencialidade do time. Queremos ser campeões, devemos trabalhar e minimizar os problemas - nenhum grave. Muito bom ver o Ronaldinho imbuir-se, se não do papel de líder, mas daquele em quem todo o grupo acredita na capacidade de decisão e, pelo grupo, de fato decidir. Revejam todos os jogos do Flamengo neste campeonato: Ronaldinho decidiu pelo menos a metade. Alguns jogos com futebol de alto nível (Avaí, Atlético e América mineiros, Santos, Grêmio). E sem essa de seleção. Seleção é traje rubronegro, tem sede na Gávea e treino em Vargem Grande.