quinta-feira, 28 de março de 2013

toda virada é sofrida

Jorginho chegou, viu e mexeu. 2º jogo sob a sua batuta, 2º time inteiramente diferente. Bom não ter visto o LeoMoura e o Ibson sequer no banco. Há uma penca de bons jovens jogadores, o que não há é time para que possam de fato evoluir. O problema é que um tira o lugar de outro. Adryan, por exemplo, vai ficando para trás. Será o Gabriel melhor do que o Adryan? O jogo contra os alvirubros de Guilherme da Silveira em Volta Redonda (e no conforto do sofá) foi medonho. Alguma emoção, claro, porque a virada se fazia não só necessária, mas imprescindível. Uma porção de senões, no entanto fiquemos com o Golaço do Rodolfo. De bom tamanho pro tamanho bem pequeno do jogo.

domingo, 24 de março de 2013

joguinho oxo

Fim do ôba-ôba comemorativo de a volta do filho a casa. Todos  vimos o que já sabíamos e Jorginho vai ter de arregaçar as mangas e chupar uma por uma. O jogo contra a Mocidade de Bacaxá foi pior do que o tédio. O tédio sob a chuva. Antes da 1ª parada técnica eu já tinha soltado meiadúzia de pqpês cujo destinatário eram as laterais. Dentro do jogo medíocre o LeoMoura e o JP disputavam um particular duelo de quem era o pior. O trabalho será árduo. Onde Jorginho diz dinâmica de jogo, o time entende jogo estático; onde Jorginho diz trabalhar a bola, o time entende chuveirinho. Mal o verão acaba e a paisagem já se antecipa a de dezembro.

sexta-feira, 15 de março de 2013

Seqüelas com trema

Tenho lido pelaí uma série de meias-verdades, ou quarto-de-verdades, ou nenhuma-verdade que anseia ares de verdade-toda. Exemplo: um vexame que poucos viram. Mentira. Um vexame que poucos pagaram para ver, mas exibição da Globo aberta significa dezenas de milhões de espectadores. Gente pra kct no Brasil inteiro assistiu ao vexame. Outra: a zaga jogou mal. Meia-verdade. Jogou mal pra burro, mas o pior não foi a zaga em si, mas o ausente esquema defensivo. Caceres corre atrás de qualquer um que detenha a bola depois do meiocampo, Ibson corre pra não chegar, Elias não tem função alguma definida: parece que corre como dá na telha, improvisa suas funções de acordo com acordo nenhum. Os laterais são avenidas. LeoMoura, por exemplo, sobe pro ataque e só volta se passar um táxi. E ainda que consiga uma carona pra volta, dribá-lo é fácil tarefa de fraldinha. Falar em fraldinha, Rodolfo tem um pé só com 3 dedos? Eis uma verdade, talvez meia, que está dando pra cravar. Que máscara do moleque! Fato é que vexame como este da última 4ªfeira foi histórico. Urge algo.

quinta-feira, 14 de março de 2013

MOÇO, OLHA O VEXAME

A novidade do vexame é a sua repetição. A reinvenção do vexame. No meio dos anos 70s houve um vexame igual, um time pequeno de branco perdendo de 2 no 1º tempo e que inacreditavelmente vira o jogo no 2º. Claro que àquela época no time pequeno de branco havia o gênio do Fio cantado em verso pelo Jorge Ben. No vexame de ontem havia a teoria da reinvenção do Dorival que nos sobrou. Quando ouvi o Dorival dizer que era preciso o Rafinha se reinventar, percebi que sujeito era o Dorival. Rafinha tem 19 anos e jogou meia dúzia de partidas, das quais a metade muito bem. Começa uma carreira que poderá ser brilhante. Mal teve tempo de "inventar" seu jogo e estilo de jogo. No entanto, para Dorival e sua gramática de futebol é hora do Rafinha se reinventar. A tática de jogo do time era: Rafinha joga tudo e o time joga nada. Rafinha levou o time e a tática do Dorival nas costas. Vai ver é a hora da reinvenção: o time joga algo,  Rafinha joga menos e a presença (favorável) do técnico se faz notar.

terça-feira, 5 de março de 2013

INVOLUNTÁRIA COMÉDIA DE ERROS

Dorival aquele cantava que era doce morrer no mar, Dorival esse cantou que é amargo morrer na praia. Errou muito esse Dorival. A escalação do Carlos Eduardo, por exemplo. Entrar em jogo de importância relativa sem estar em forma é uma coisa, entrar em decisão outra completamente diferente. Tem consequência. Aquele papo supersticioso de "em time que está ganhando não se mexe". Uma bobagem. A ideia deve ser "em time bom não se mexe". Se o time ganha aos trancos e barrancos, deve-se mexer para melhorá-lo. Límpido como 2 + 2 = 4. Na hora da pressão Dorival esse põe pra armar o jogo Ibson e o Abreu, oferecendo todo o campo de contrataque. Deve ter pensado que perder de goleada era mais, sei lá, honesto? No fim devia ter sido expulso ao entrar no campo e participar do jogo. Deve andar com saudade de uma tão ridícula quanto desnecessária expulsão. Uma única bola chegou pro Hernane, não conferiu. Rafinha e Rodolfo não passavam a bola um pro outro. O que foi aquele cotejo particular? Vedetismo precoce? Sua Vigarice que arbitra cometeu três erros graves, mas diante de tanto erro rubronegro creditar erro dos outros parece mero buá-buá.

sábado, 2 de março de 2013

O GÊNIO FAZ 60

Zico foi um gênio da bola. Um gênio de objetividade. Num país barroco é um feito e tanto. Não conheci jogador com maior percentual de acertos em passes. Não qualquer passe. Não o passe de quem se livra inconsequentemente da bola. Mas o passe ousado, vertical, objetivo. Bola, pro Zico, sempre teve consequência. Não conheci jogador com maior capacidade de decisão: o gol era não só o objetivo maior do jogo, mas o seu único objetivo. Zico é gol, dele próprio ou do 9 rubronegro da ocasião. Foi Fidélis, foi Doval, foi Cláudio Adão, foi Nunes. Zico a um só tempo artilheiro e criador de artilheiros. Lembro a frase do João Saldanha ao ser perguntado sobre a seleção de todos os tempos: Zico entra, não sei a posição, mas Zico entra. Parabéns, Gênio!