quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Jogamos ontem no Chile para empatar, ou perder de pouco. Conseguimos. Isso é Flamengo?

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

EMPATE, HOLY EMPATE

Se alguém não quer ser campeão, que arme o time pro empate, lá-rai-á-lá. Foi o que fez o Pofexô. É o time que mais empata num campeonato em cujo critério de desempate conta-se o número de vitórias. O Pofexô é engraçado. Involuntariamente engraçado. Quer sempre fazer graça, mas a graça surge involuntariamente. Ontem na coletiva disse que o Deivid jogou muito bem o 1º tempo e não tinha por que tirá-lo. Verdade que Deivid, saindo mais da área e tendo o Jael como centroavante, jogou melhor do que joga quando enfiado na área. Mas o parâmetro é o Deivid. Deivid, em nova função, jogou melhor do que o Deivid na função em que não joga nada. O que está longe de significar que o Deivid jogou bem. Deivid faz o mais fácil, se livra da bola como quem teme o erro, jamais arrisca. Não dribla, não tem velocidade. No entanto, foi em uma jogada de área que fez um belo gol de cabeça. Este gol deve manter o Deivid não só no elenco, mas no onze titular. Até, claro, a substituição, que pode tardar, mas não há de falhar.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

A NOITE QUE ILUMINOU CADA UM DOS ANTIGOS PROBLEMAS

O Pofexô, na coletiva depois do jogo, tirou o dele da reta e diagnosticou falta de empenho e de responsabilidade dos seus comandados. Fato é que algumas declarações na véspera deixavam claro que o time não conhecia o adversário, mesmo sendo este adversário o bom time que nos tirou da Libertadores do outro ano. O mínimo que se pode dizer é que subestimou o outro. O bom time dos caras, ao contrário, chegou dizendo que ia partir pra cima e que era o favorito do jogo. Na hora hagá, fizeram uma coisa e provaram a outra. O Pofexô resolveu poupar alguns jogadores do embate e outros pouparia se assim pudesse (R10, Thiago). Talvez não fosse recado que o adversário não merecesse a necessária concentração de todo jogo, mas tão-só que a copinha não era lá grande coisa. Fato é que o time mostrou sua precariedade enquanto time. Quem colocar bom número de jogadores no meio com forte marcação e marcar a saída de bola acaba com o time do Pofexô. O time não joga. O time não sabe como jogar. Ok que os caras entraram para uma final de campeonato e nós entramos para poupar forças ou pro Brasileirão ou pro Baladão, mas teve um momento em que o time quis ir pro jogo: E NÃO PODE. O adversário simplesmente não deixou. O porquê estamos todos carecas de saber. Adiós, Sulameriquinha. Até quando, Brasileirão?

sábado, 15 de outubro de 2011

INÍCIO DA CONTAGEM REGRESSIVA

Hoje o Pofexô entrou pro 1º tempo com o esquema de 2º e no 2º voltou à habitual formação de 1º tempo. A vitória desenhada no 1º tempo, que em verdade era o habitual 2º, podia ser mais elástica. O time jogou bem. A frase tem de ser repetida: o time jogou bem. Muito bem. Claro, com R10 a coisa fica mais fácil. Falar em R10, a expulsão foi a um tempo bobagem do Gaúcho e do juizinho. Um chega pra cá e pra lá se resolve com um papo enérgico, nem sequer cartão. Ameaça rua na próxima e vida que segue - como era na época em que futebol era de fato e de direito o tal violento esporte bretão. Hoje é um pequeno arco-íris de cartõezinhos. R10 precisa entender que não tem mais a agilidade de antes e, ainda que não se acomode com o chute escroto na canela por trás de quase toda jogada que tenta proteger a redonda, não ficar putinho a cada lance desses, afinal aos 31 anos deve entender que malícia é quase sabedoria dentro de campo. Thiago e R10 parecem 2 garotinhos de liceu. Os de O Ateneu pareciam bem menos garotinhos do que R10 e Thiago. Depois da expulsão não houve jogo. O time abdicou de jogar. Um corner no final do jogo foi o exemplo: abdicou do cruzamento para ganhar 15 segundos e perder a posse de bola. Eu achar que o Thiago tenha razão e sem R10 o time não só perde um jogador mas 50%, tudo bem. O time achar isso, francamente!

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

ESSE TIME NÃO SAI DO 1 A 1

Tirando o excepcional jogo na Vila e o Flaflu em que a mística do manto falou mais alto, o time joga pouco e o pouco que joga é o suficiente para o 1 a 1 - e time que só empata não ganha campeonato. Time que se mexe pouco, time que erra muitos passes (e certamente uma coisa está ligada a outra). Os laterais, que não são grande coisa, em geral estão entregues à própria e pouca sorte. O centroavante melhor fica no banco, seja quem for o escalado como titular. O meiocampo fica invariavaelmente atrás da linha da bola. O Pofexô deve saber o que faz; eu, decididamente, não entendo o que faz o Pofexô. Mesmo porque ele faz o que logo adiante vai desfazer. O esquema de jogo do time é o de antes ou o de depois das 3 indefectíveis substituições? Ontem foi um horror ver o Thiago errar demais e mesmo o maior acerto ter sido um erro de cruzamento. Ontem foi estranho ver o Botinelli, que era o melhor jogador da meiúca, botar a língua de fora na metade do 2º tempo. Ontem foi ridículo ver a 3ª substituição do Pofexô, trocando o Aírton pelo Fierro - como quem oferecesse a virada aos porcos e não propusesse coisa alguma em contrapartida. OK que com Ronaldinho a coisa pode ser um pouco, pouquinho, melhor do que foi ontem. Que o jogo e o placar sejam um pouco, pouquinho, diferentes, já que os jogadores, o que não nos dá muita esperança, serão os mesmos.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

O NOME NA HISTÓRIA

Um nome que se erga ao ponto de vir acima do clássico é tarefa para craques. Ou alguém com a personalidade acima da horda. O Flaflu do Leandro, do inacreditável gol aos 45 do 2ºtempo com uma porrada santa da intermediária. O Flaflu do Zico, em que o Galo meteu 4 na rede pó-de-arroz. O Flaflu do Marcial, quando aos 45 do 2ºtempo o ponta tricolor sozinho contra o nosso monstruoso goleiro tenta a bola por cobertura e com apenas uma das mãos o goleirão segura a um tempo a pelota e o título. Ontem o argentino entrou para a seleta galeria. Colocou seu nome acima do clássico. No clássico fabuloso de ontem, antes de se dizer Flaflu é absolutamente necessário dizer Botinelli. Daryo Botinelli. Quando entrou no jogo, o placar adverso a meia hora do fim, sua expressão era grave como convém ao craque, ou ao cara com personalidade acima da malta, ou ao homem cansado de ser humilhado. Não errou passe. Estava concentrado na tarefa que intuia ser sua. Na primeira oportunidade mandou um cacete de fora da área obrigando o goleirinho deles ao alongamento. Estava decidido. Quando surgiu a falta (e claro que falta foi: 2 argentinos não se beijam, a menos que sejam Maradona e Caniggia), o Thiago estava convicto que o Flaflu era dele. Por nada deixaria de bater aquela falta. Até tirou o Abreu do lance. Só alguém com a personalidade acima da corja o faria deixar de bater aquela falta. Daryo Botinelli, escrevam este nome, bateu no peito e, decidido, falou que era dele. Entendam, Daryo Botinelli, repitam este nome, não pediu para bater. Bateu no peito e disse: esta é minha! E era. E foi. Um lance desses muda a história do jogo. Muda a história de uma carreira. A prova inconteste veio 2 minutos depois. O toque sutil ajeitando a redonda, o drible ganhando o espaço do adversário e o chute fatal, antológico. A meia hora que restava desde a sua entrada no jogo acabara de se eternizar. O Flaflu de Daryo Botinelli.

domingo, 9 de outubro de 2011

PARADA NA ESQUINA ou UM BONDE SÓ FREIO

O estado de coisas no Flamengo é feito uma granada sem pino, mas que não explode. Dona Patrícia deve ter feito do célebre verso do Eliot seu lema político. O sussurro em vez do retumbante brado. Nunca explode, é só bastidores. No episódio famoso do Zico, para Dona Patrícia nada aconteceu. Comporta-se como se o Galo tivesse feito ária dramática de uma peça cool. No entanto, depois faz questão de posar ao lado do Capitão Leo, pivô do ocorrido. Dona Patrícia tem arestas, mas lado não tem. Seu lado é a sua carreira. O Pofexô centraliza o poder no futebol. Tem gente que não concorda e busca minar o fato. Vargem Grande é um terreno cheinho de minas. Que não explodem. A briga entre Isaías e Veloso não houve. O pedido de demissão não houve. Na base do sussurro deu-se a entender o mal entendido. Teriam de fato mantido contato com outro técnico durante a seca de 10 jogos do time do Pofexô? Tudo é underground no Flamengo. Mas undergroud com todo o charme da burguesia. Nada de explosões, fiquemos nos bastidores à base de sussurros. O ponto na esquina conduz ao Congresso. O freio no bonde é a tática. Resta saber se a estratégia não explode antes.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

ARRANCAR É PRECISO, AINDA QUE IMPROVÁVEL

Jogar contra Costa Rica, Porto Rico, Eritréia não tem a menor importância. Por que ficar sem o R10, ou o adversário sem o F9, em partida capital no mais disputado campeonato mundial? Já nos tiraram o Maracanã, o bando de larápios, agora o bandinho político nos tira o jogador decisivo. O negócio é o seguinte: o Thiago joga mais a frente e o Diego Maurício entra na esquerda. Vencer o Flu é fundamental e nada improvável. O jogo em Sampa, no Morumbi repleto de bambis, foi complicado especialmente em razão do juiz caseiro. É preciso alguém, alô alô Pofexô, avisar ao Renato que passar do meio campo não é proibido e chutar a gol é obrigação. O alvibambi chutou umas 5 antes de guardar na gaveta, cabe ao R11 chutar umas 5 - uma ele guarda. A semana deve ser mais calma, ainda que a presidenta seja chamada a descer do muro e o Deivid, noiva que não beija, torne a cobrar a cifra inacreditável. Flamengo, como é mesmo?, é Flamengo, hem gente boa.

domingo, 2 de outubro de 2011

as dores dos bastidores

Pra entender o que ocorre com o time em que medida o que ocorre em torno do time é substancial? Vanderlei reclama que a direção não trabalha suficientemente, uma vez que a política de influência na arbitragem, comum em outras paragens, na Gávea anda parada na esquina. Isaías Tinoco assume a frente no papo com a direção. Veloso, o dirigente, quase sai na porrada com o Isaías, que pede demissão. Patrícia, a presidente, tem o melhor olhar voltado para o Congresso; a Gávea, ou Vargem Grande é tão-só um trampolim. Quanto dessa porrada era pro Vanderlei? Durma-se, ou treine-se, com um barulho desses. De longe, mas não tanto, Márcio Braga, outro que fez do Flamengo catapulta, chia contra o estado de coisas. Este é um Flamengo que também é Flamengo.