segunda-feira, 10 de outubro de 2011

O NOME NA HISTÓRIA

Um nome que se erga ao ponto de vir acima do clássico é tarefa para craques. Ou alguém com a personalidade acima da horda. O Flaflu do Leandro, do inacreditável gol aos 45 do 2ºtempo com uma porrada santa da intermediária. O Flaflu do Zico, em que o Galo meteu 4 na rede pó-de-arroz. O Flaflu do Marcial, quando aos 45 do 2ºtempo o ponta tricolor sozinho contra o nosso monstruoso goleiro tenta a bola por cobertura e com apenas uma das mãos o goleirão segura a um tempo a pelota e o título. Ontem o argentino entrou para a seleta galeria. Colocou seu nome acima do clássico. No clássico fabuloso de ontem, antes de se dizer Flaflu é absolutamente necessário dizer Botinelli. Daryo Botinelli. Quando entrou no jogo, o placar adverso a meia hora do fim, sua expressão era grave como convém ao craque, ou ao cara com personalidade acima da malta, ou ao homem cansado de ser humilhado. Não errou passe. Estava concentrado na tarefa que intuia ser sua. Na primeira oportunidade mandou um cacete de fora da área obrigando o goleirinho deles ao alongamento. Estava decidido. Quando surgiu a falta (e claro que falta foi: 2 argentinos não se beijam, a menos que sejam Maradona e Caniggia), o Thiago estava convicto que o Flaflu era dele. Por nada deixaria de bater aquela falta. Até tirou o Abreu do lance. Só alguém com a personalidade acima da corja o faria deixar de bater aquela falta. Daryo Botinelli, escrevam este nome, bateu no peito e, decidido, falou que era dele. Entendam, Daryo Botinelli, repitam este nome, não pediu para bater. Bateu no peito e disse: esta é minha! E era. E foi. Um lance desses muda a história do jogo. Muda a história de uma carreira. A prova inconteste veio 2 minutos depois. O toque sutil ajeitando a redonda, o drible ganhando o espaço do adversário e o chute fatal, antológico. A meia hora que restava desde a sua entrada no jogo acabara de se eternizar. O Flaflu de Daryo Botinelli.

Um comentário:

Anônimo disse...

ISSO,
É SER FLAMENGO!!!!!!!!!!