sexta-feira, 30 de outubro de 2009

HÁ QUE SE USAR A RAZÃO SEM PERDER O ENTUSIASMO JAMAIS

Nunca entendi esse papo de "nó tático". Andrade finalmente me ajudou a entender: na 4ª feira deu um nó tático no time do Flamengo. Reconhecer o erro de escalação naquele jogo não exclui a vibrante torcida nos jogos seguintes. O título, palpável, ficou longe. A meta é o G4, já em si prêmio de consolação. Isto é Flamengo, nunca é demais lembrar. Vencer o Santos na próxima rodada significa, com um pouco de sorte (o Galo mineiro não vencer o Goiás no Serra Dourada) voltar ao 5º lugar, onde hibernávamos. E na rodada seguinte decidir com o próprio Galo, no Mineirão, a entrada no G4 (contando com mais sorte ainda, que Inter e Cruzeiro tropecem). O destino de rubronegro, definitivamente, não é ficar fazendo continhas. Pé no gramado e sangue na veia. À luta!

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

BURRO!

No lugar do Pet se não entrasse ninguém talvez o time jogasse melhor, porque faltaria uma peça, importante claro, mas nenhuma outra peça seria mexida. Mas Andrade quis mostrar o dedo do técnico. Para o lugar do Pet mexeu no jeito do Zé Roberto jogar, mexeu no jeito do Willians jogar, pra não mexer no jeito do Fierro que não sabe jogar. Pela direita havia um deserto, Fierro e Leo Moura, dois camelos, nenhum oásis; pela esquerda Juan errava tudo que tentava e era constrangedor ver o Willians tentando jogar, e tentou muito – às vezes embolava pelo meio e a coisa melhorava um pouco, muito pouco. Zé Roberto tentava fazer o que não faz e não encontrava posição, era constrangedor ver a inutilidade de seu esforço. Quando o Adriano pegou a bola, ainda no princípio do jogo, tentou o drible em um, a bola espirrou, veio outro, Adriano ganhou espaço e emendou do meio da rua, o Junior falou em confiança, mas era tão somente a certeza de que teria de fazer a coisa sozinho. Foi zagueiro, volante, armador. Porque ninguém era nada. Um bando. Airton não dava um passe certo, passe pro Maldonado é de no máximo 1 metro e geralmente pro lado. E lá ia o Adriano criar o jogo. Constrangedor. Andrade pensou em Tita e Lico ao olhar pro Fierro e pro Willians. Faltou senso de medida, sobrou soberba. Comecei desesperadamente a torcer pelo fim do 1º tempo, torcer para que Andrade tivesse jogado no lixo só 45 minutos e não o jogo. Nos acréscimos os caras de branco metem o gol. Andrade havia jogado no lixo o jogo e a chance do título.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

terça-feira, 27 de outubro de 2009

DE FRACASSO EM FRACASSO

O jogo no Engenhão foi um fracasso. O recorde de público que lhe era destinado, 80 mil pessoas fácil no Maraca, viu-se reduzido a 20 mil pessoas. Futebol, no Brasil, destina-se a assinantes dos canais Première. A meia dúzia de entendidos, que Deus nos socorra deles, bate na tecla de que é preciso criar a cultura do Engenhão. É também preciso criar a cultura da Teoria da Incerteza, de Heisenberg, ou a cultura da auto-investigação socrática. A cultura de fechar o Maracanã e enfiar uma reforma de plantão já está criada. Anteontem o Maraca foi fechado e reformado; ontem o Maraca foi fechado e reformado; daqui a pouco o Maraca será fechado e reformado; antes das Olimpíadas o Maraca será novamente fechado e reformado. Um ministro de Hitler dizia que ao ouvir a palavra cultura puxava imediatamente o revólver, nos trópicos puxa-se o talão de cheques.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

DE CACHORRADAS E OBRIGAÇÕES

Vencer da cachorrada é obrigação. Nada a comemorar, em 5º estávamos, em 5º estamos. Antes de ser incômoda, esta imobilidade é salutar porque evita a exposição aos ventos de ôba-ôba! muito comuns nos lados da Gávea. De resto foi o de sempre: Bruno pegar pênalti do Lúcio Flávio é obrigação; Adriano fazer gol é obrigação; Pet jogar bem é obrigação. Gostamos tanto de ver a cachorrada chorar quanto a cachorrada tanto gosta de chorar. O prazer de dar prazer. Chora, cachorra!

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Gol é pra se usar na hora. Puxa pra cima, sai da garganta. Tem gol que dura mais, que vira lenda. O do Pet domingo no chiqueirão é dos que viram lenda. Do início eficiente, mas corriqueiro, a tabelinha com Juan, até os 3 tempos que definitivamente lhe conferem a substância da lenda. O toque de leve, com a sola da chuteira, por cima da bola, trazendo a redonda um pouco mais pra perto de si – em matemática a gente aprende a palavra tangenciar. A geometria dos gestos do Pet exige o vocabulário. Depois a tabelinha com ele mesmo: o pé esquerdo toca pro pé direito. Pet sabe que o indivíduo é mais do que um só. Furando a fila de defensores Pet não era um, era vários – a mágica do craque. Quando a bola chega no pé direito vem o toque rápido, surpreendente, fatal. Mais jeito que força. Quando Marcos viu, quando o cinegrafista viu, quando a torcida viu já era gol. Já era passado. A lenda já se tecia por si própria. A beleza se eterniza.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

PET
idolo de estimaçao da Gavea

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

domingo, 11 de outubro de 2009

ERA PRA SER DE QUATRO

De novo a casa cheia. A chuva ininterrupta impediu o recorde, que viria. A rapaziada bambi ganhou um gol de presente: a defesa inacreditavelmente em linha e o Bruno assistindo impassivelmente a viagem de 30 metros da bola. Um lance parecido aconteceu a favor, logo depois, mas o goleiro senior deles se antecipou, como pede o bom senso. Era sinal de que o jogo seria pra seniores. Foi. Se nao tivesse chovendo, o Pet faria chover. Na arquibancada eu ria sozinho em homenagem ao Kleber Leite. De novo o nome do jogo e´Pet. De novo o gol do Pet, de novo o gol do Ze´, de novo faltaram os 2 gols do Adriano. De quatro cairia melhor pros bambis.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

3 PRA LA´, 3 PRA CA´

O time estava em 6º, em 6º continuou. Portanto nada ha´ pra comemorar. Jogo em pardieiro e´ sempre complicado. Foi o que tem sido: `as vezes o Pet faz um gol, `as vezes o Ze´Roberto faz um gol, Adriano faz 2. Se faltou o Adriano ficaram faltando 2 gols. Se a aritmetica nao falha, era pra ser de 5. De toda forma, ainda que Adriano continue ausente, no proximo jogo havera´ o reforço das ausencias do Leo Moura e do Airton. Pra cima dos bambis!

terça-feira, 6 de outubro de 2009

O QUE FOI MELHOR DE SE VER NO FLAFLU?

A torcida, nossa festa inigualável, inimitável. Outro recorde.

A fome de bola do Adriano. Dois gols por jogo, anota aí.

A elegância e a eficiência do Pet no trato com a bola.

A partida impecável que fez o David.

A volta por cima do Zé Roberto.

O Cuca do lado certo: do outro lado.

A vibração do Júlio César e do Fábio Luciano na torcida. Uma vez, sempre.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

NOS FLAFLUS É O AI, JESUS!

O Flaflu de 63 virou lenda. 178 mil torcedores no Maraca. O maior público que algum time já levou a um estádio. Hoje 100 mil pessoas é impensável. Imagine o dobro! O empate de 0 a 0 deu o título ao Flamengo. O goleiro Marcial foi o herói do jogo. Pegou tudo. Não vi. Nem precisava. Lenda vale mais do que a memória. A memória mais antiga de um Flaflu é a do campeonato de 78, quando o grande time se formava. Um domingo debaixo de chuva, mas estávamos lá 40 mil torcedores. Como sempre, 4/5 da torcida vestia rubronegro. Zico jogou muito, bem me lembro. Fez 2 gols. Cláudio Adão também jogou muito e também fez 2 gols. Adílio e Júnior jogaram muito, mas ninguém fez mais gol. O que mais lembro é que ninguém jogou tanto quanto Paulo César Carpeggiani. Como jogou o Carpeggiani! Um passe de primeira pro Zico, um toque de leve, milimétrico, deixou o Galo na cara do gol e o Galo nessas condições tá na cara que é gol. Foi. O terceiro. Um golaço. A beleza do toque do Carpeggiani fica para sempre na memória. Eterno como gol.