sábado, 2 de março de 2013

O GÊNIO FAZ 60

Zico foi um gênio da bola. Um gênio de objetividade. Num país barroco é um feito e tanto. Não conheci jogador com maior percentual de acertos em passes. Não qualquer passe. Não o passe de quem se livra inconsequentemente da bola. Mas o passe ousado, vertical, objetivo. Bola, pro Zico, sempre teve consequência. Não conheci jogador com maior capacidade de decisão: o gol era não só o objetivo maior do jogo, mas o seu único objetivo. Zico é gol, dele próprio ou do 9 rubronegro da ocasião. Foi Fidélis, foi Doval, foi Cláudio Adão, foi Nunes. Zico a um só tempo artilheiro e criador de artilheiros. Lembro a frase do João Saldanha ao ser perguntado sobre a seleção de todos os tempos: Zico entra, não sei a posição, mas Zico entra. Parabéns, Gênio!

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