AFINAL, A FINAL

Com o ginásio do Tijuca lotado, o Flamengo derrotou com autoridade o Joinville por 109 a 94. Marcelinho, Duda, Baby, Hélio, Jeferson, e Fred, Coloneze, Wagner, Alírio, Daniel chegaram às finais do Campeonato Brasileiro contra o vencedor de Brasília x Minas. De ponta a ponta o time liderou a competição, de ponta a ponta com atuações impressionantes de Marcelinho Machado, cestinha do certame. As finais, aqui no Rio, serão realizadas na Arena da Barra. Vamos vesti-la de vermelho e preto. Rumo ao bi!

2 x 0

Marcelinho, cestinha da partida com 32 pontos, disse à repórter da Sportv no final da partida:

- Alteramos demais. Depois de um início avassalador, tivemos um segundo quarto muito fraco. Mas aí deixamos a defesa mais agressiva, e isso nos levou à vitória. O Joinville é um time que não desiste nunca. Por isso, temos que entrar atentos amanhã. Estamos mais próximos da final, mas nada está garantido ainda.

Crítica (e autocrítica) perfeita depois deste suado 92 x 86 no ginásio do Tijuca. Hoje à noite, no mesmo ginásio, às 9 e meia da noite, o 3º e, tomara, último jogo da série. Torcida não vai faltar. Rumo ao bicampeonato!

I read the news today, yeah boys

* Primeiro foi Leo Moura. Depois o Juan. Agora é a vez do Kléberson. Dunga torna todo futebol anão.

* LeBron James. Vai jogar assim n'Ohio que o parta!

* Leonardo responde aos que o queriam presidente do Flamengo assumindo o time do Milan.

* Fim de semana: 6ªfeira é dia de Marcelinho, sábado cada um decide, domingo é dia de Adriano.

* Saudações rubronegras!

O CARA É CAOLHO, ARGENTINO, MAS É CRAQUE

1 a 0 FORA DE CASA

O jogo foi emocionante e a vitória, dramática, foi selada pelas mãos de Marcelinho, a um tempo cestinha e melhor jogador da competição. Ontem converteu 32 pontos e fez uma exibição tão boa quanto as que já nos habituara. Hábito é uma segunda natureza. Os números, 88 x 86, bem dizem o que foi a partida, a disputa por cada ponto, o vai e vem do placar. O 2º jogo da série melhor de 5 contra o Joinville será no ginásio do Tijuca, 6ªfeira às 9 e meia da noite. Rumo ao bi brasileiro!

MESMO NA BAIXA, AINDA MELHOR QUE ETO'O

TARDE-NOITE DIANTE DA TV

Assistir a um jogo pela tv é exercício de paciência, muita paciência. Ontem, mesmo sendo um jogo no pardieiro do adversário, onde a bola nunca rolava, a torcida era nossa. Tirei o som com pena porque a festa rubronegra nas arquibancadas era bonita, mas os caras insistiam em dizer uma bobagem atrás da outra - assim mesmo, em fila. Pra comentar jogo na Sportv o cara tem que não entender muito de futebol. Se aparecesse um suíno naquele brejo os caras só iam estranhar a ausência de uniforme. Foi a melhor partida do Josiel no Flamengo. Tratou a bola como se bola fosse. Do meu lado disseram que a boa atuação se deveu às condições precárias do pasto, bola quicando fica mais fácil errar e erro pro Josiel é acerto. Pode até ser, mas fato é que jogou bem o fazendeiro. Só de não ver o LeoMoura desfilando seu passinho de gazela já teria valido a pena o jogo. E depois da atuação do Éverton Silva, espero que LeoMoura acerte tudo com o time do Zico. Zico sempre ajudando o Flamengo, bendito Galo! Os golpes de vista do Bruno, ah! A dúvida é se o Bruno é míope ou tão somente irresponsável. Ibson jogou bem e parece que a coisa funciona alternadamente: quando o Ibson vai bem, o Kléberson vai mal. Obina foi visto tentando acertar a bola no disco voador que um gaiato americano resolveu lançar ao espaço. Tomara que tenha acertado.

QUIZ

O negócio Petkovic é bom para a Instituição Flamengo e mau para a Instituição Kléber Leite. Certo ou errado?

Ei, Cuca!

Há que separar o joio do trigo.

PRA FRENTE E PRO ALTO

20ª vitória consecutiva, o time de basquete rubronegro encerrou em 3x0 a série das quartas de final contra o Pinheiros, 87 x 84. Agora é esperar pelo adversário e pela semifinal. Marcelinho Machado, mais uma vez, foi o destaque do time e do jogo, que ainda contou com uma enterrada de bola sensacional de Baby com tal vontade que entortou o aro da tabela. Rumo ao bi!

A UMA VITÓRIA DA SEMIFINAL

O vibrante quinteto do basquete abriu 2x0 contra o Pinheiros, no sábado 92x87 fora de casa, ontem 92x85 no Rio. A melhor-de-5 pode acabar hoje às 7 da noite se o time repetir qualquer das 2 atuações anteriores. Rumo ao bicampeonato brasileiro!

ONDE QUER QUE ESTEJAMOS, UMA NAÇÃO SE RECONHECE

O QUE DIZ O AURÉLIO?

Cabaço - substantivo masculino. Chulo. O hímen. A virgindade da mulher. A mulher virgem. Por extensão, o homem casto. # Tirar o cabaço de. Chulo. Desvirginar. Descabaçar.

O HAVAÍ É AQUI

UM OLHO NA MADRE, OUTRO NA MISS

* Os sem-teto do Flamengo alargam a invencibilidade e ganham o Minas por 84 a 80. Marcelinho foi o cestinha com 24 pontos e Baby foi o destaque do jogo. Com o resultado, o Flamengo termina a fase de classificação em primeiro, com 26 vitórias em 28 jogos, e vai enfrentar o Pinheiros nas quartas de final. Onde vai jogar quando tiver o mando de campo, nem Deus sabe.

* A saga da noiva que não beija segue seu curso e sua maldição. O time domina o jogo, cria oportunidades de marcar, mas gol que é bom não sai. Se Juan, Kléberson e Angelim não fazem, ninguém faz. Ontem contra o Internacional os 3 tiveram excelentes oportunidades e o véu da noiva continuou imaculado. A fantástica série de defesas do Bruno, no final, fez lembrar que o adversário existia e foi feito na Gávea, seu nome Andrezinho. Saí do Maraca com apenas uma certeza: fosse o Fábio Luciano centro-avante no jogo de ontem e teria deixado no véu o que toda noiva merece.

MICHELLE, M DE MUSA

DE CABEÇA FRIA (mas nem tanto)

1. Ibson. Quando entra na área não faz gol. A alternativa é se jogar no gramado. Irritante. Numa jogada de velocidade, sua característica, botou a bola entre as canetas de um lá de azul e, ao entrar na área, em posição de chute que qualquer Maicosuel com um esse só mandaria pro gol, ele toca de lado. Já entrou na área com o corpo todo voltado pro passe, quando tinha total condição pro chute. A frase, real, depois do jogo, de que tem gente querendo aparecer individualmente em detrimento do time, é também álibi atrás do qual esconde sua incapacidade de fazer gol. Ou entra na área pra não chutar, ou o que é mais comum se atira sem constrangimento no gramado em vão tentando cavar pênalti, só conseguindo cavar o ridículo.

2. Welinton. Botar sob sua responsabilidade a derrota é Sacanagem com S maiúsculo. O pênalti foi infantil, ou nem sequer foi pênalti (escolham). Mostra mais qualidades do que defeitos e estes podem, devem ser melhor trabalhados e corrigidos. Cuca ganha pra isso.

3. Cuca. Entende bastante do riscado. Mas antevê quase sempre o que não vai acontecer. Virando idiossincrasia. Claro que todo técnico deve buscar antever, só que Cuca se impõe certezas de Mãe Dinah e acaba bagunçando o coreto. A expulsão de um cara de azul desarrumou o time deles, o técnico deles fez a substituição pra rearrumar. O que faz o Cuca antevendo o pior? Desarruma o que já está arrumado. O árbitro não expulsou o Willians, foi o Cuca quem o fez. Vários receberam cartão amarelo, alguns ainda no 1º tempo, como o Angelim, e ficaram até o final, sem problema.

4. Ainda Cuca. Dizer que o 2º gol foi no final, sugerindo que vale menos, que coisa mais idiota. Até porque antes do gol, houve 3 outras oportunidades claríssimas dos azuis fazerem o gol que a cada minuto era mais visível. Quando tirou o Aírton devolveu a chance da qual o técnico deles já havia desistido ao tirar os atacantes.

5. Josiel nunca mais! Leo Moura não joga há quanto tempo? Não sai por quê? Vou consultar a verdadeira Mãe Dinah.

INVENCIBILIDADE É ROTINA

Na casa do adversário, o Flamengo seguiu contra o Franca sua rotina vitoriosa: 86 a 81. Ao fim do 1º tempo, o placar era adverso: 45 a 38. O pessoal da ESPN torcia sem constrangimento, enchendo a bola de Hélio Rubens e seu quinteto; para eles o Flamengo àquela altura era tão-somente uma sombra caída em quadra. Apesar da galera daquele canal ter decretado a derrota do time rubronegro, o 3º quarto terminou empatado em 63 pontos. Ao fim do jogo o placar mostrava 5 pontos de diferença e minha total indiferença à opinião dos comentaristas da sigla aquela. Marcelinho fez uma partida de técnica e vibração, cestinha da partida com 32 pontos. Próximo jogo: 4ªfeira, às 19h, no Rio. Se passar na tv, desliguem o som.

O GAROTO DA LAJE VOLTOU

A 1ª vez que vi Adriano jogar foi num brasileirão contra o Sport no Maraca. O Flamengo perdeu. O time estava jogando nada, um horror. Aí entrou o Adriano. Um garoto grandão de uns 17, 18 anos. O jogo mudou. O garoto sozinho quase vira o jogo. Fiquei impressionado. O Leão, técnico do Sport, ficou mais impressionado ainda. Tanto que a seguir, mesmo ainda sendo garoto inexperiente, o convocaria pra seleção. Reserva no Flamengo e já na seleção. Da seleção ganhou o mundo, nem teve tempo de se firmar com o manto sagrado. Todos os caminhos convergem pra volta. A hora chegou.

FAVÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉLA!

O tempo fechou. E o tempo tem de ser detido, diria o poeta. Mas o tempo não pára, o minuto penetra no outro quase obsceno. 2x0 euforia, 2x2 depressão, sístole, diástole. Devagar com o andor que o Santo é São Judas Tadeu! Um tempo é uma coisa, o outro é outra. Superação vira verbo, Fênix musa. Meu avô já viu coisas que eu nem meu pai vimos e só aconteceram ao Flamengo; meu pai já viu coisas que eu não vi e só aconteceram ao Flamengo; eu estou vendo coisas que vou contar pro meu filho e só acontecem ao Flamengo: a isto chamamos tradição. O tempo vai tecendo lentamente a eternidade. Todas as torcidas torcem, óbvio, e é preciso reconhecer a força do óbvio. Todas vibram, empurram o time, celebram. O que explica a força da torcida do Flamengo não é o número maior, bem maior, de adeptos, contribui, sem dúvida, mas não explica; a paixão do torcedor do Flamengo pelo seu time é do tamanho da paixão de qualquer torcedor por seu time - ainda tateamos o terreno do mesmo, do igual, do irmão. O inexplicável é a transcendência. Para entender o porquê da diferença e a substância que une torcida e time flamengos é absolutamente imprescindível aceitar a transcendência e o mistério. Acreditar é não saber, é ato anterior a todo e qualquer conceito, é ultrapassar a barreira do possível, do limite, da razão. Quem pergunta já é incapaz de entender, quem explica só pode compreender o limitado universo do que explicou. O fim do jogo, magnífico!, traz a certeza que vêm aí outros jogos, outros campeonatos e a realidade que vai ser escrita em cada tempo de cada um desses jogos já por si será diversa, ampla, misteriosa e transcendente. A certeza única é a fé e feito cristão primevo, camisa rubronegra como égide, todo coração flamengo haverá de bater em seu próprio compasso, haverá de fazer a sua própria história que, no entanto, vem sendo escrita com a força da tradição de quem vibra, fibra e sente que, se faltasse o Flamengo no mundo, faltaria o próprio mundo.

VENCER! VENCER! VENCER!

DE VITÓRIA EM VITÓRIA RUMO AO BICAMPEONATO BRASILEIRO

Fora de casa, com um público de final do futebol paulista e, evidentemente, dividindo torcida com o time da terra, o Flamengo chegou aos 100 pontos e à 13ª vitória consecutiva. Fim de jogo, Flamengo 100 x 92 Brasília, time e torcida comemorando a vitória e entoando o hino sagrado, é o meu maior prazer vê-lo brilhar seja na terra seja no mar, vencer! vencer! vencer! Poucas coisas são mais bonitas. Marcelinho foi o cestinha da partida com 25 pontos, embora no último quarto tenha errado a mão e passado metade do período sem pontuar - até que, com uma roubada de bola sensacional, deu a cravada e o golpe de misericórdia no adversário. Rumo ao bi!