segunda-feira, 14 de março de 2011

RECICLAR, VERBO INTRANSITIVO

Os 2 pontos perdidos há pouco no Flaflu devem ser creditados ao Pofexô. Vamos pro 3º mês em que o time não tem saída de bola - à exceção do Leo Moura. Na outra lateral há um bom volume de jogo e nenhuma produtividade. A saída do Juan deu pra entender, o que não deu pra entender é não ter ninguém que o substitua. A lentidão do meio-campo faz com que Thiago Neves corra insanamente atrás de uma possibilidade de armar o jogo. A tática traçada pelo Pofexô é estourar os pulmões do Thiago Neves? Maldonado e o Abreu jogam um vídeotape dos anos 50. Troca de passes neste time é recuar pro chutão providencial do zagueiro mais próximo. O que de melhor acontece é quando R10, com função de R9, recua para armar algum ataque - que, armado, peca por não ter alguém na área. Quando o técnico deles botou mais gente de toque na meiúca, nosso meio-campo foi engolido. O Pofexô demorou a enxergar e, quando o fez, tirou Thiago Neves e botou o Fierro. Thiago Neves exausto e com 41º graus de febre é mais produtivo do que o chileno. Fierro é uma espécie de Egídio, só que com sotaque e do outro lado do campo. Na coletiva o Pofexô sai com uma estranhíssima: estava satisfeito porque jogou de igual para igual com o campeão brasileiro, treinado pelo melhor técnico (ou dizer que "treinado por um técnico fantástico" não quer dizer isto?). Foi um Flaflu indigno da lenda (a melhor jogada foi uma matada de bola do Ronaldinho!). Um Flaflu de técnicos que tentam fazer de um jogo de futebol uma sonolenta partida de xadrez. O Pofexô fica orgulhoso em só mexer no time para neutralizar as mexidas do adversário. Recicla aí, ô!

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