sexta-feira, 4 de março de 2011

V A N D E R L E I

Todo técnico tem sua inspiração. A do Murici é o Telê, a do Felipão é o Ênio Andrade, a do Mano é o Felipão. Etc, etc. A inspiração do Vanderlei é o Zagalo da Copa de 70. O time jogava com uma linha de 3 zagueiros, Brito num primeiro combate, Piazza mais na sobra e Everaldo, lateral que quase não ia ao ataque, era o 3º zagueiro pela esquerda. É o que Vanderlei busca quando escala o Ronaldo Angelim como falso lateral esquerdo e real 3º zagueiro. À frente da linha de zaga, Zagalo mantinha 2 volantes que saiam muito bem para o jogo, Clodoaldo e Gérson. Vanderlei mantem 2 volantes de forte poder de marcação, Maldonado e Willians, mas que saem pouco (Maldonado) ou não muito bem (Willians) para o jogo. Mas o, digamos, desenho tático é o mesmo. Um homem de frente, na seleção o Jairzinho, no Flamengo o Deivid. E vindo por trás deste atacante uma linha de 3 meias-atacante: Pelé, Tostão e Rivelino / Ronaldinho, Thiago Neves e Renato Abreu. A idéia, com ou sem acento, é clara, e a inspiração também. Se Zagalo mudou radicalmente a maneira que a seleção do Saldanha jogava durante as elimitátorias, o Vanderlei muda o próprio esquema no qual se inspira. Quase de jogo a jogo vai testando outra(s) possibilidade(s), o que já começa a provocar insatisfação de alguns jogadores e da torcida. Entrosamento é repetição. Aquela velha história de jogar por música. Cada partida ser um jogo de xadrez é utopia de professor. Com ou sem reciclagem.

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