segunda-feira, 20 de setembro de 2010

A VOLTA DE QUEM NÃO FOI

Ao sair de férias a situação do time na tabela era incômoda, ao voltar o incômodo continua. Férias em verdade não significa férias de Flamengo: o Flamengo está dentro da gente como um órgão a mais. Ontem não fui ao estranho estádio de Engenho de Dentro e ver jogo pela tv é tão estranho quanto esse elefante de subúrbio. Mas deu para sentir a compulsão homicida ao ver a passividade do Silas enquanto o adversário ganhava o meio campo e não deixava o Flamengo sequer trocar 3 passes. A única saída de bola continua a ser Leo Moura. O agravante é que Leo Moura tinha uma desastrosa atuação defensiva. Ir ao ataque era a certeza de contra ataque. Na outra lateral um silêncio sepulcral, tanto defensiva quanto ofensivamente. Havia gente por lá, mas só quem jogava era a gente adversária. Um horror. Toró e Williams quando tentavam sair para o jogo era como se solitárias crianças atrasadas para o colégio, sequer olhando para os lados. Renato Abreu (que golaço de falta!), ao contrário, passeava distraído no pátio imaginário na hora do recreio. A dupla D2 voltava tanto que quase sempre os 3 zagueiros adversários tinham tempo de um carteado maneiro. O Deivid começa a entrar no jogo, o Diogo a sair. Interessante notar a involução do Diogo. Uma estréia de fazer salivar e os jogos seguintes cada vez piores. Marcelo Lomba tem qualidades inequívocas dentro do gol, uma autêntica fera. Mas encara a meta como uma jaula. Sair não é com ele. A frente dos zagueiros invariavelmente era uma avenida. No 2º gol deles, um lá faz o esticão longo no deserto à sua frente, o atacante se desloca do meio para a esquerda deixando o David no mano a mano sem pai nem mãe. Quando desacelerou e ganhou espaço pro chute só havia a alternativa do pênalti. O cara da tv falou em falha primária do David. Nunca deve ter jogado bola. A falha foi de posicionamento de defesa. Aliás, todo escanteio era uma ameaça fatal. Os adversários pareciam jogadores de basquete numa festinha de anões. Silas vai ter de trabalhar duro. E que nós todos, Zico, Patrícia e torcida, cheguemos juntos para rapidamente ensinar a ele o que o Flamengo, de fato, é.

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