quarta-feira, 29 de setembro de 2010

NA ÚLTIMA VOLTA DO PONTEIRO

Os clichês do futebol estão perdendo a pouca graça que tinham. Os 45 minutos regulamentares do 1º tempo tiveram 48 minutos, os do 2º tempo 49. O que ainda tem graça é a emoção. Mesmo a qualidade do jogo sendo sofrível e a do gramado não muito boa, mesmo que o time estivesse mal escalado, mal das pernas e dos nervos, quando aos 45 minutos do 2º tempo o David armou a patada e desferiu o petardo - chute rasteiro, bomba seca em campo molhado - eu me ergui do sofá e esperei pelo melhor, ou o menos mau. A gorduchinha não estufou o véu da noiva. Caprichosamente bateu no pé de uma trave e correu sobre a linha até a outra. Suspense pouco é bobagem. Quando deu pra ver que entrou, que a fatalidade do gol era sacramento, me abracei com São Judas Tadeu e abri uma geladinha para, finalmente, comemorarmos. Pouco, pouquíssimo, mas justa, justíssima.

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