quinta-feira, 22 de julho de 2010

A VAIA SANTA

Ontem à noite, ao sair de campo, o time foi vaiado. Eis uma vaia merecida, a melhor expressão a um tempo de desagrado e decepção. A torcida não vemos o time acima de suas reais e poucas possibilidades. O time que vemos, ainda que sem condição de brigar pelo topo da tabela, é o time que vimos nas duas partidas anteriores: time de atitude, vibração, vontade, condições que inapelavelmente acabam levando à sorte. Depois das duas sofridas e comemoradas vitórias, ontem vimos um time a se achar acima de suas possibilidades. Mais de uma vez os jogadores, quase todos, tentando um toque a mais, um drible a mais, uma trivela, um passe de efeito onde o que cabia era o funcional feijão com arroz das duas partidas anteriores. Encarar o resultado como normal é não reconhecer que o time adversário é, também ele, precário. O técnico se diz satisfeito. Espero que o discurso do professor na intimidade com seus comandados seja diferente, que expresse a mesma insatisfação que nós, a torcida. Pouca coisa valeu ontem, dentro do campo. Fora, valeu a vaia.

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