sexta-feira, 30 de março de 2012

A mesma velha história

O papo de sempre: o time não consegue sair de marcação forte nem consegue ter forte marcação sobre o adversário. O jogo não flui. No meio não tem quem pense o jogo, só quem corra com a bola. Botinelli, que talvez pudesse pensar o jogo, é lento demais. R10 joga como 2º homem de frente mas não chuta a gol. Alguém proíbe R10 de chutar? As oportunidades aparecem, ele insiste em dar um toque como quem se livra da responsabilidade final. Visível no jogo de ontem que o físico prevaleceu: a vontade e o empenho físico dos paraguaios deram um banho no nosso time. Não ganhamos nenhuma dividida, não ganhamos nenhum rebote. Os caras chegavam juntos, o máximo que fazíamos era chegar perto. Falta a fissura do jogo, a tesão de ganhar. R10 é o símbolo deste time: pode jogar, mas não joga; intui que pode ganhar a qualquer momento, mas o momento nunca chega, daí resulta a deslealdade (como quem culpasse alguém pelo fracasso que ele mesmo vem cultivando). Falta ao time caráter. Os paraguaios jogam pouco, mas com toda vontade. É o suficiente para qualquer time ganhar de nós. O ano mal começa e vamos ficando de fora de tudo.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Só é grande quem cresce

Os 2 gols sofridos no fim de semana contra o Voltaço são significativos do que acontece com este time. O nome maior que a bola, para cunhar uma expressão. O 1º gol nasce da soberba de Willians. Willians é um bom volante de desarme, um cabeça de área como se dizia até anteontem. Chegou a ser cotado para a seleção. Deve ter intuido que era o novo Andrade. É nítido que pensa jogar mais do que de fato joga. No 1º gol dos caras, o Willians quer recriar o tempo: mata a bola no peito e espera, espera, espera. O tempo, pro Willians, era uma peça secundária, só cabia no lance a matada no peito, seu estilo, a maneira como a bola ia cair para a matada no peito do pé. O carinha do Voltaço não esperou. Roubou a bola do Willians e iniciou o ataque, que em verdade foi um contra-ataque. Só restou ao Junior César cobrir o atacante que ia receber o passe, mas a bola espirrou pra direita onde o lateral deles vinha sem qualquer marcação. No 2º gol a jogada se repete, desta vez com o Leo Moura. O moicano da 2 é peça fundamental no time há anos. Daí deve ter concluído que era o novo Leandro. Num lance fácil, esperou, esperou, esperou a bola descer para decidir o jeito e o sentido do toque na bola. O carinha deles não esperou coisa alguma, meteu o pé e decidiu ele. É preciso crescer antes de se achar grande.

domingo, 25 de março de 2012

Força & Vontade

A virada veio na vontade. Como ficou demonstrado no gol à boliche do David Braz. Ou nas arrancadas do Diego Maurício. Love alternou vontade e qualidade. O último recurso da letra, o corte se livrando do zagueiro e emendando de canhota. Mas o time jogou mal. Simultaneamente não sabe sair de marcação forte e não consegue marcar fortemente. Thomaz voltou a ter uma atuação estéril. Voltamos a ter uma expulsão infanto-juvenil. Voltamos a ser dominados pelo adversário. Voltamos a jogar um futebolzinho de time pequeno - ainda que a virada tenha sido de time grande. Negueba voltou a entrar sem ter propriamente entrado. Déri-Déri disse na coletiva que gostou da atuação de seu garoto, "correu, lutou, cavou falta e expulsão", jogar futebol que é bom não foi dito que fez. De toda forma e do jeito que foi, deu pra vibrar.

sábado, 24 de março de 2012

segunda-feira, 19 de março de 2012

A Goleada Possível

A dificuldade que este time tem de jogar é indescritível. A metáfora visual é o lance do pênalti. A queda constrangedora do Thomás, a cobrança risível do Botinelli, a furada ridícula do Galhardo. Um minuto que vale toda uma mesa-redonda de explicações. 1x0 foi goleada. O único "menino" pronto para entrar no time é o Luis Antônio. Outros 3 estão prontos para o banco: Paulo Victor, Muralha e Diego Maurício. Os outros, empréstimo; de preferência pra times da América Espanhola. Agora deixa eu voltar pro livro de Sacher-Masoch.

sábado, 17 de março de 2012

Cavalo Paraguaio

Joel, cariocão, no Rio é pé quente. É o que dizem do Déri-Déri. No entanto, dentro da meia, deve esconder um pedrugulho de gelo seco. Já houvera o mico insuperável, os 0x3 pro time mexicano. O mico do meio da semana quase se lhe ombreia. Em 15 minutos jogar no lixo uma vantagem de 3x0 é mico pra kct, vamos combinar. O que escrevi quando cheguei em casa já 6ªfeira está no lixo. Aquela história: se beber, não escreva. Ou se beber e escrever, encaminhe pra lixeira. Lembro que os laterais, sobretudo o da direita, por pouco se livravam da cadeira elétrica. Mas o que foi pro lixo está em bom lugar. Só conservei o título, como fidelidade a um certo sentimento de quem passou um sufoco danado pra entrar no Engenhão, pra sair do Engenhão, além dos 15 minutos angustiosamente sufocantes dentro do Engenhão, quando a cada minuto ficava estampado na cara de todo mundo o rumo aonde as coisas iam. O futebol é estranho. Se tivesse 1x0, os paraguaios iam empatar e recuar. Se tivesse 2x0, iam empatar e recuar. Como estava 3x0, empataram e recuaram. Tivesse 4x0, empatariam e recuariam. Podiam ter virado o jogo, ficou fácil contra o time perplexo, arrasado. Mas o empate era bom. Muito estranho, o futebol. Quanto a mim, da mesma forma que sei o que o time fará, farei forfait (alguém ainda se interessa por cavalos?).

segunda-feira, 12 de março de 2012

FLAFLU

Certos jogos são ganhos na véspera. Outros já estão escritos há 2000 anos. O caso deste Flaflu de hoje. O Flaflu histórico de comemoração do centenário do clássico não poderia deixar de ter dono. Nossa vitória estava escrita mesmo antes do Verbo. Mas é um Flaflu condenado ao esquecimento por ter sido um jogo muito ruim. Ganhamos 2 gols, sofremos a expulsão e lutamos pelo resultado como um time pequeno faria, sem sequer um contra-ataque. Paulo Victor foi o nome do jogo. Nasce uma estrela.

domingo, 11 de março de 2012

sexta-feira, 9 de março de 2012

ECOS DO ENGENHÃO

- Porra, pra que 3 zagueiros?
- Ué, alguém tem de marcar o Welinton!

Negueba é a prova de que Deivid o Flamengo faz em casa.

- Fala sério, uma-meleca é este time do Flamengo!

Vaia em R10, técnico chamado de burro. Há filmes que começam pelo fim.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Cada vez mais pequeno

Como um time pequeno levamos sufoco. Fomos pressionados como um time pequeno. Como um time pequeno fizemos um gol no contra-ataque e torcemos, como um time pequeno, para que o jogo acabasse. Love fez um, que quase perde, a seguir perdeu um: esta é a média do Love. Depois veio, com outro goleiro, o frango. A cada jogo um frango. Quando parecia iminente a virada como no jogo anterior, o pênalti salvador. A cada jogo fica mais doloroso acompanhar esse time. Hei de torcer, torcer até morrer não é letra de nosso hino. O pior é que no mesmo horário havia Los Angeles Lakers x Miami Heat. Fiz a escolha errada. Que tenha sido a última vez.

sábado, 3 de março de 2012

quinta-feira, 1 de março de 2012

De Fracasso em Fracasso

O ano se antecipa um sambolero, cheiínho de fossa. Uma reedição do fracassado ano de 2010, quando prometíamos muito e cumprimos nada: perdemos todos os campeonatos que disputamos e acabamos brigando pra não cair. O não-jogo de ontem me levou ao post de hoje com a Mãe Dinah como ajudante de vôo kamikaze. Apertem os cintos que o ano vai doer. Ontem a única organização foi antes do jogo, o cuidado do roupeiro com o uniforme limpinha, passadinho, bonitinho. Quando a bola rolou foi um desastre. Felipe foi o Deivid da noite. Levou um frango histórico, dos de raça. A bola ia passar paralela à trave, mas ele resolveu fazer o gol contra. Inacreditável. Se Deivid os perde, Felipe os faz contra. Tem corinthiano rindo da gente até agora. Galhardo é a maior vocação para o anonimato que eu já vi. Erra tudo que tenta, ainda que tente muito pouco. Welinton é o zagueiro-zagueiro-baiana e, como toda baiana, uma vocação de mãe. David Braz é chamado pra dançar aonde vai. A facilidade com que é driblado na esquerda, na direita, no centro, fora ou dentro da área é também inacreditável. Júnior César é um Cássio, lembram?, piorado. Ao menos o outro anão fazia uns gols inacreditáveis - a favor, que fique claro. Maldonado é um dos ex-jogadores em falsa-atividade que este Flamengo mal-exibe a cada jogo, digo a cada fracasso. O pessoal do Chile já se mancou. Muralha pensa que joga mais do que de fato joga e por conta disso a cara se confunde com a máscara que resolveu adotar como sua. Renato Abreu tem a função de deixar lentíssimo o que já é lento. Passa toda jogada em que participa em câmera lenta. Menos as brigas e as expulsões, aí ele adrenalina, vibra e fibra. Deve ter escrito no contrato que não pode ser barrado. Só assim se entende sua escalação. Botinelli nunca foi visto jogando bem quando entra de início. Parece que suas qualidades, e não são muitas, só dão as caras quando entra no 2ºtempo. Negueba é um autista da bola. Não, não escrevi artista. Devia entrar em campo com a própria bola. É o convicto e entusiasmado elemento do bloco do eu sozinho. Deivid é Deivid. Déri-Déri, pelo visual, só anda preocupado com a atividade do estômago. Aquela coisa de digestão mecânica, digestão química. 2012 começa e já é o fim.