quinta-feira, 31 de março de 2011

terça-feira, 29 de março de 2011

MORA NA FILOSOFIA

E fica esse papo otário de que não se pode falar mal das atuações do time. Que falar mal significa torcer contra. Torcemos pra kct e sempre torcemos a favor. No entanto a realidade está lá, indiferente a nossa torcida. Os caras que gritaram "ah, é Adriano" (e o grito foi mais contra o Pofexô do que uma defesa incondicional do centro-avante e ídolo da casa) vibraram pra caramba nos gols que levaram ao empate e foram parte significativa do coro exigindo mais um para a virada. Não torço pela "filosofia" do Pofexô, torço pelo Flamengo. O Pofexô, com acerto, diz que ninguém é mais Flamengo do que ele. A outra face desta moeda é que o Pofexô não é mais Flamengo do que todos nós. Assisti a todas as 18 partidas do time nestes 3 meses e em nenhuma o time jogou bem. Em algumas jogou com muita vontade, em outras houve momentos de beleza e qualidade. Momentos. Jogadas. No geral não houve coisa alguma que empolgasse. O que de fato empolga somos nós. A torcida do Flamengo é sinônimo de entusiasmo. Temos a certeza que o entusiasmo confere de que Obina é melhor do que Eto e Obina fica sendo melhor do que Eto, ponto final. Os idiotas da objetividade vêem folclore onde o que há é a materialização de uma nova realidade. O Pofexô é Flamengo e foi criado na Gávea. Não jogou nada, mas aprendeu muito. Sabe o que tem de fazer. Assim como nós.

segunda-feira, 28 de março de 2011

SEM FREIO?

O Flamengo ganhou a Taça Gb porque vencia os pequenos. Não jogou bem, mas o suficiente para vencer - sempre levando sufoco. Continua sem jogar bem, continua a levar sufoco - só que agora não vence mais os pequenos. E sua colocação na tabela é de time pequeno. O Pofexô não sabe exatamente o que quer. Às vezes seu esquema lembra o Zagalo de 70, outras o Barcelona sem homem de área - claro que dando a medida de diferença das peças usadas. O mais das vezes não lembra coisa alguma. Sem sistema defensivo, sem meio campo que trabalhe a bola, sem força ofensiva nem penetração. No entanto o Pofexô trabalha, o grupo trabalha. Eis o mistério. Não é que o time jogue feio - e joga feio pra caramba! O problema é que estamos com 3 meses de trabalho e o que se vê é a ausência de trabalho. O Pofexô tem razão em dizer que somos o único time garantido na final, mas estar na final com esse joguinho de bosta não garante muita coisa. O Pofexô é daquele tipo de pessoa que sempre quer a razão do seu lado. Diz, por exemplo, que neguinho que gritou "ah, é Adriano!" levou uma grana pelo coro. O Pofexô ele próprio para ter tanta certeza deve ter alimentado uns animais na primeira fila. Foi o papo que correu em sua última passada pelo Palmeiras. De futebol o Pofexô manja, trabalhO não tem faltado e continua o mistério de não se ver uma coisa nem outra dentro de campo. O que eu vejo é que aquela comemoração sacana do time do Vasco representando o bonde que descarrila parece materializar-se a cada partida.

domingo, 27 de março de 2011

O CAMINHO CERTO É O CAMINHO DE CASA

Welinton, Negueba, Diego Maurício. Agora o Galhardo, o Lorran. Logo, logo o Muralha. E o Ânderson. Feito Ulisses e a tradição rubronegra ensinam.

sábado, 26 de março de 2011

quinta-feira, 24 de março de 2011

terça-feira, 22 de março de 2011

segunda-feira, 21 de março de 2011


Sem Ronaldinho e Thiago Neves o bonde vira bode.

sexta-feira, 18 de março de 2011

ENQUANTO ISSO...

... no Ceará quanto mais gente tem menos a gente vê.

quinta-feira, 17 de março de 2011

quarta-feira, 16 de março de 2011

O CARRINHO DO RONALDINHO

O papo agora é a entrada do Ronaldinho no goleiro tricolor. O fato é que Ronaldinho não "entrou" no goleiro. A bola estava a meio caminho entre o goleiro e o atacante. Como diria o careca soviético, quê fazer? Desistir do lance e deixar a bola sobrar pro goleiro? Partir pro lance e definir a jogada - exatamente como o Bebeto fez contra o Inter na final do Brasileirão de 1987? Qualquer jogador de raça faz o que o Bebeto, o Ronaldinho fizeram. Futebol é jogo de contato e sem dúvida o corpo de um esbarrou no do outro. O carrinho de Ronaldinho foi parecido com o carrinho do goleiro tricolor, ambos na mesma direção, mas em sentidos contrários. Se Ronaldinho desiste do lance, pára no meio do caminho e o carrinho do goleiro o atinge seria tão somente acidente de jogo e vida que segue. Em que parte do corpo o médico "assistiu" o atleta tricolor? Nenhum, porque era tão só encenação. Farsa não define lugar (lembram do goleiro chileno e da fogueteira?). Não fosse Ronaldinho o autor da jogada não haveria grita. Mas Ronaldinho é o cara que consegue matar a bola que vem lá de cima do morro. Ele não alça o pé e desce com a bola. Feito um deus ele espera a bola chegar até o seu pé e, só então, a paralisa, dando de fato sentido à expressão "matar" a bola. A bola "morre" amestrada sobre o seu pé. Que outro jogador faria tal jogada? Pensem em um, que eu não consigo pensar em ninguém. Os outros deixariam a bola quicar, protegeriam o espaço e, só então, se arriscariam à matada. Ronaldinho faz, exatamente como Roberto Carlos que foi 2 vezes expulso dos jogos do Corinthians, ou Wagner Love que se encheu de cartão amarelo em seu início tanto no Flamengo quanto no Palmeiras. Jogadores que vem da Europa, onde o futebol ainda é o violento esporte bretão, para o Brasil, onde o futebol toma ares de brincadeira de boneca.

segunda-feira, 14 de março de 2011

RECICLAR, VERBO INTRANSITIVO

Os 2 pontos perdidos há pouco no Flaflu devem ser creditados ao Pofexô. Vamos pro 3º mês em que o time não tem saída de bola - à exceção do Leo Moura. Na outra lateral há um bom volume de jogo e nenhuma produtividade. A saída do Juan deu pra entender, o que não deu pra entender é não ter ninguém que o substitua. A lentidão do meio-campo faz com que Thiago Neves corra insanamente atrás de uma possibilidade de armar o jogo. A tática traçada pelo Pofexô é estourar os pulmões do Thiago Neves? Maldonado e o Abreu jogam um vídeotape dos anos 50. Troca de passes neste time é recuar pro chutão providencial do zagueiro mais próximo. O que de melhor acontece é quando R10, com função de R9, recua para armar algum ataque - que, armado, peca por não ter alguém na área. Quando o técnico deles botou mais gente de toque na meiúca, nosso meio-campo foi engolido. O Pofexô demorou a enxergar e, quando o fez, tirou Thiago Neves e botou o Fierro. Thiago Neves exausto e com 41º graus de febre é mais produtivo do que o chileno. Fierro é uma espécie de Egídio, só que com sotaque e do outro lado do campo. Na coletiva o Pofexô sai com uma estranhíssima: estava satisfeito porque jogou de igual para igual com o campeão brasileiro, treinado pelo melhor técnico (ou dizer que "treinado por um técnico fantástico" não quer dizer isto?). Foi um Flaflu indigno da lenda (a melhor jogada foi uma matada de bola do Ronaldinho!). Um Flaflu de técnicos que tentam fazer de um jogo de futebol uma sonolenta partida de xadrez. O Pofexô fica orgulhoso em só mexer no time para neutralizar as mexidas do adversário. Recicla aí, ô!

domingo, 13 de março de 2011

UMA VEZ, SEMPRE

Em dia de Flaflu nunca é demais lembrar dos geniais irmãos Nelson Rodrigues e Mario Filho. O texto de Nelson lembrando o Mario é a melhor imagem de um Flaflu às suas vésperas.

O Fla-Flu, já me dizia o meu irmão Mário Filho, o Fla-Flu é um jogo para sempre, não é um jogo para um século, um século é muito pouco para a sede e a fome do Fla-Flu… Começado o Fla-Flu, ele percorreria o tempo dos tempos. Foi uma criação do meu irmão Mário Filho, ele que era o gênio da crônica esportiva, ele era o autor de piadas fantásticas. Ele se lembrou de fazer Fla-Flu, tinha notado que Fla-Flu possuía uma flama, uma trepidação que nenhum outro jogo possuía. Até hoje em todo o mundo não há um jogo que chegue aos pés do Fla-Flu. Que é cada vez mais empolgante. E cada jogo entre o Fluminense e o Flamengo parece ser o maior do século e será assim eternamente.

sábado, 12 de março de 2011

CESTA NA SEXTA

No início da noite de ontem, jogando na quadra do adversário e à luz da Sportv, o quinteto rubronegro venceu o Joinville e empatou na liderança com o Pinheiros (ambos 22 jogos e 16 vitórias) no Brasileirão da NBB. O placar de 90 x 80 bem demonstra a superioridade. Marcelinho foi novamente o cestinha, com 29 pontos, e Baby anotou um duplo-duplo (15 pontos, 12 rebotes). A torcida rubronegra compareceu em menor número que a do time da casa, mas maior em entusiasmo. Flamengo é Flamengo.

sexta-feira, 11 de março de 2011

O BONDE ATROPELANDO A BANGU

O potencial deste time é tão facilmente visível quanto os problemas que apresenta. Venceu porque incansavelmente buscou o gol. No ataque versus defesa que foram sobretudo os acréscimos, houve 4 ou 5 claras chances de gol. A vibração descia da arquibancada para o campo e do campo subia de volta à arquibancada. Uma só pulsação. Os destaques foram Felipe, sempre seguro quando chamado a intervir; Wellinton, a cada partida se firmando como um zagueiro eficiente; e acima de todos Ronaldinho, de seus pés saiu o que de melhor houve no jogo.

quinta-feira, 10 de março de 2011

faits divers

Lugar de cobra é no Flamengo...

quarta-feira, 9 de março de 2011

É com dois ésses ou cedilha?

Fala sério, gente boa. Tokio se escreve com os pés.

domingo, 6 de março de 2011

sexta-feira, 4 de março de 2011

V A N D E R L E I

Todo técnico tem sua inspiração. A do Murici é o Telê, a do Felipão é o Ênio Andrade, a do Mano é o Felipão. Etc, etc. A inspiração do Vanderlei é o Zagalo da Copa de 70. O time jogava com uma linha de 3 zagueiros, Brito num primeiro combate, Piazza mais na sobra e Everaldo, lateral que quase não ia ao ataque, era o 3º zagueiro pela esquerda. É o que Vanderlei busca quando escala o Ronaldo Angelim como falso lateral esquerdo e real 3º zagueiro. À frente da linha de zaga, Zagalo mantinha 2 volantes que saiam muito bem para o jogo, Clodoaldo e Gérson. Vanderlei mantem 2 volantes de forte poder de marcação, Maldonado e Willians, mas que saem pouco (Maldonado) ou não muito bem (Willians) para o jogo. Mas o, digamos, desenho tático é o mesmo. Um homem de frente, na seleção o Jairzinho, no Flamengo o Deivid. E vindo por trás deste atacante uma linha de 3 meias-atacante: Pelé, Tostão e Rivelino / Ronaldinho, Thiago Neves e Renato Abreu. A idéia, com ou sem acento, é clara, e a inspiração também. Se Zagalo mudou radicalmente a maneira que a seleção do Saldanha jogava durante as elimitátorias, o Vanderlei muda o próprio esquema no qual se inspira. Quase de jogo a jogo vai testando outra(s) possibilidade(s), o que já começa a provocar insatisfação de alguns jogadores e da torcida. Entrosamento é repetição. Aquela velha história de jogar por música. Cada partida ser um jogo de xadrez é utopia de professor. Com ou sem reciclagem.